O médico-veterinário desempenha um papel crucial nos serviços de defesa agropecuária, sendo um dos pilares fundamentais para garantir a saúde animal e o sucesso da atividade rural. Ao cuidar da sanidade animal, este profissional promove também a saúde humana.
Na Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), há 282 médicos-veterinários atuando em programas sanitários voltados a animais de produção e na fiscalização da inspeção sanitária de produtos de origem animal. Além disso, estes profissionais realizam atividades de educação sanitária, orientando produtores rurais e a comunidade em geral a respeito de boas práticas agropecuárias e medidas para prevenir doenças, algumas das quais são zoonoses (que podem ser transmitidas tanto para animais quanto humanos).
Para a presidente da Cidasc, a médica-veterinária Celles Regina de Matos, os veterinários são elo de ligação entre a pesquisa e o mundo real, aplicando o conhecimento no campo e gerando melhorias para a sociedade. “Temos a sublime missão de produzir alimentos em um mundo onde ainda há fome e há necessidade de dobrar a produção de proteínas até 2050, segundo a ONU, mas também de cuidar do bem estar dos animais e respeitar seus comportamentos naturais, tratando-os com respeito e dignidade”, completa a presidente.
Na Unidade Veterinária Local da Cidasc em Rio das Antas, um dos profissionais que atua na defesa sanitária animal é o médico-veterinário Felipe Volpato. Formado pela PUC do Paraná, ele já havia ganho experiência trabalhando com sanidade de bovinos leiteiros e suínos em uma cooperativa durante vários anos, antes de ser contratado pela Cidasc em 2022.
“Uma das coisas mais gratificantes é quando a gente consegue agregar algo para o produtor, como a certificação de propriedade livre de brucelose e tuberculose, algo que traz ganho direto para o produtor do ponto de vista econômico ou de saúde dos animais e da família. Nosso trabalho sempre vai trazer resultado para o pecuarista, pois o status sanitário do estado abre portas para que ele venda os produtos dele para onde quiser”, diz Volpato.
A defesa agropecuária em Santa Catarina trabalha sob a perspectiva da saúde única, em que a saúde humana, animal e a relação com o meio ambiente são tratadas como indissociáveis. Em um estado que tem a propriedade familiar como característica marcante, estes cuidados têm ainda papel social e econômico, garantindo a fonte de renda de milhares de catarinenses.