Santa Catarina é zona livre de doenças como febre aftosa, peste suína clássica e peste suína africana, um status sanitário que permite a exportação da carne suína catarinense para centenas de países. Ele é mantido graças ao constante trabalho de vigilância e à adoção de medidas de biossegurança nas granjas.
A prevenção é uma responsabilidade compartilhada e quem viaja, principalmente para o exterior, também precisa respeitar normas sanitárias para que não haja reintrodução de doenças nos rebanhos. Os agentes transmissores podem ser transportados em objetos, como ferramentas e calçados ou em produtos de origem animal.
Por esta razão, uma das principais diretrizes é restringir a entrada de alimentos na bagagem de quem regressa de uma viagem ao exterior. Desde que foram registrados casos de peste suína africana em países do Caribe, em 2021, o Ministério da Agricultura e Pecuária proibiu trazer na bagagem de mão ou bagagem despachada produtos de origem suína, independente do local de origem da viagem.
Nos últimos dias, foi anunciado o registro de muitos casos de PSA nas Filipinas, o que demonstra a importância de seguir estas orientações. Embora esta não seja uma doença que afete a saúde humana, ela provoca morte dos animais e tem um impacto econômico severo, o que é grave em regiões com forte presença da suinocultura, como Santa Catarina.
Ao viajar dentro do Brasil, o turista deve observar se o produto tem selo de inspeção sanitária. Alimentos inspecionados passam por controles quanto à origem da matéria prima (obtidos a partir de animais cuja condição sanitária é conhecida) e quanto ao processo de fabricação (manipulados em condições higiênicas que impeçam a contaminação).
Se visitar localidades rurais, higienize os calçados e roupas utilizados. Ao regressar para o Brasil ou para o estado de origem, não vá a outras propriedades rurais durante alguns dias, para evitar o risco de carreamento de algum agente (vírus, fungos ou bactérias) para os animais de produção.
O que a Cidasc faz para manter SC sem estas doenças?
A Cidasc é o órgão oficial de defesa agropecuária de Santa Catarina e desenvolve diversos programas sanitários voltados à saúde dos animais de produção, muitos dos quais beneficiam também a saúde humana. No caso da suinocultura, é feito o monitoramento para evitar a reintrodução de doenças que acometem os suínos, como a peste suína clássica e a peste suína africana.
A defesa agropecuária segue padrões internacionais e as diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária quanto à vigilância, bem como orienta o produtor para que adote boas práticas de manejo. Fazem parte das medidas de biosseguridade limitar o acesso de pessoas nas áreas em que os suínos são tratados e higienizar os veículos que ingressam na propriedade.
A Cidasc também faz análises laboratoriais para monitorar se os rebanhos seguem livres destas doenças. Em relação aos javalis (suídeos asselvajados), foram estabelecidos procedimentos para que os agentes de manejo populacional (controladores) façam a coleta de amostras de sangue desses animais invasores: o material, com identificação do local do abate, é encaminhado para laboratório.
Em paralelo a todos os cuidados preventivos e às ações de educação sanitária, há o preparo constante das equipes para resposta em uma eventual emergência. O exercício simulado de emergência zoossanitária, realizado em Presidente Getúlio, em novembro de 2022, treinou os médicos-veterinários para agirem em um suposto foco de peste suína africana.
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Denise De Rocchi
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