Nesta quarta-feira, 7 de agosto, a presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Celles Regina de Matos, recebeu o Deputado Altair Silva e o seus assessores parlamentares, Antônio Tiago da Silva e Adriano Rotta, em uma reunião para debater importantes questões relacionadas à cadeia produtiva da maçã no Estado.
Santa Catarina se destaca como o principal Estado produtor de maçã no Brasil, responsável por 54% da produção nacional. Além disso, tem o reconhecimento por produzir a maçã de mais alta qualidade no país. Esse sucesso se deve ao compromisso dos produtores locais e ao eficaz trabalho da Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc.
A qualidade da maçã catarinense é amplamente reconhecida, fruto do empenho dos produtores e das ações contínuas de controle de pragas realizadas pela Cidasc. Entre as principais pragas combatidas está o cancro europeu (Neonectria ditissima), para o qual a Cidasc tem implementado medidas efetivas de controle. Esse trabalho foi recentemente reconhecido pela Associação Brasileira de Produtores de Maçã, que homenageou a Cidasc na abertura da safra de 2024.
Além de assegurar a sanidade vegetal, a Cidasc oferece apoio abrangente aos mais de 2.800 pomicultores catarinenses, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva da maçã no Estado. O encontro desta quarta-feira (07/08) reafirma o compromisso da Cidasc com o fortalecimento do setor e a busca por soluções que beneficiem toda a cadeia produtiva.
A reunião destacou a importância de políticas públicas e ações coordenadas com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que garantam a competitividade da maçã catarinense no mercado nacional e internacional. O diálogo contínuo entre a Cidasc, representantes do governo e produtores é fundamental para superar desafios e aproveitar oportunidades para o crescimento do setor. “Temos oportunidade de lutar pela fiscalização e certificação do produto para a exportação, executando isso aqui mesmo em Santa Catarina, reduzindo dificuldades para os produtores e deixando a arrecadação da operação para o nosso Estado. O governador pede esforços nesse sentido e a articulação com o Mapa vem avançando, com o apoio das lideranças de nosso Estado”, afirma Celles Regina de Matos, presidente da Cidasc.
Santa Catarina, terra da maçã
A cadeia produtiva da maçã se desenvolveu a partir de 1968, quando o Governo do Estado de Santa Catarina instituiu o Projeto de Fruticultura de Clima Temperado (Profit). A parceria com outras instituições, iniciativa privada e o acordo de cooperação técnica com o Governo do Japão viabilizaram grandes investimentos para aprimorar a qualidade e aumentar a produtividade.
O cultivo da maçã deu um novo rumo à economia de São Joaquim, município que concentra a maioria dos pomares, seguido por Fraiburgo. A produção da fruta in natura deu origem a novas agroindústrias e estimulou o turismo na região.
Santa Catarina tem 2.863 pomicultores, a maioria deles agricultores familiares, e uma área plantada de 16.300 hectares de macieiras. A produtividade média é de 31.000 kg/ha, mas a ABPM tem registro de pomares adultos com alta tecnologia que superam 70.000 kg/ha.
O que é o cancro europeu?
O cancro europeu é causado pelo fungo Neonectria ditissima, que ataca as partes lenhosas das pomáceas.
A praga foi registrada pela primeira vez em 2002, no Rio Grande do Sul, e se disseminou rapidamente. No momento é considerada sob controle. Em Santa Catarina, a Cidasc executa o Programa Nacional de Prevenção e Controle do Cancro Europeu (PNCE) e Programa Estadual de Mitigação de Risco do Cancro Europeu das Pomáceas, criado pela Portaria da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) n.º 20 de 19 de abril de 2023, com medidas complementares ao programa nacional.
As temperaturas amenas, combinadas com chuvas e alta umidade, são propícias para o desenvolvimento e esporulação do patógeno causador do cancro europeu. Mudas contaminadas podem disseminar o fungo pelo pomar. A Cidasc fiscaliza a comercialização de mudas e seu trânsito, exigindo a apresentação de Permissão de Trânsitos de Vegetais (PTV) para quem as transportar. A medida é válida também para frutos de espécies hospedeiras.
Outra exigência é o cadastro georreferenciado de todas as propriedades com cultivo comercial de maçã ou produção de mudas. É exigido ainda que estes locais adotem medidas de biosseguridade e façam a declaração anual da situação fitossanitária das macieiras.
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