
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) recebeu, na terça-feira (16/07), a informação de que havia uma mancha alaranjada no mar na região da Baía Sul, em Florianópolis. O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), coletou amostras da água contendo a mancha, analisou e concluiu que se trata de uma floração de microalgas com predominância do dinoflagelado Noctiluca scintillans.
Os profissionais da Cidasc realizaram colheitas rotineiras de amostras de água na segunda-feira (15/05) e nesta quarta-feira (17/07) na área de produção próxima ao local onde as manchas apareceram. As análises não indicaram anormalidades na água. As amostras foram encaminhadas para o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), onde serão analisadas por microscopia para verificar a presença de microrganismos produtores de toxinas. Os resultados dessas análises estão previstos para sexta-feira (19/07).
De acordo com o médico-veterinário e coordenador estadual da Sanidade de Animais Aquáticos da Cidasc, Pedro Mansur Sesterhenn, “até o momento, não existem relatos sobre a produção de toxinas pela N. scintillans, mas, por se alimentar de algumas espécies de dinoflagelados produtores de toxinas, como a Dinophysis sp, ela pode servir como um indicador da presença desses organismos na água em concentrações elevadas que possam levar ao acúmulo de toxinas nos moluscos bivalves cultivados em Santa Catarina”.
Além do monitoramento da água de cultivo dos moluscos bivalves, também foram coletadas amostras dos moluscos cultivados nessas áreas para detectar a presença de ficotoxinas na carne dos moluscos. Estas amostras serão enviadas ao laboratório do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para orientar a tomada de decisão sobre a suspensão ou não da retirada de moluscos bivalves das áreas amostradas.
A Cidasc alerta que já recebeu informações do IFSC, que também monitora as condições oceanográficas nas áreas de cultivo de moluscos bivalves, indicando a chegada de uma corrente de água fria vinda do sul do país, o que pode desencadear eventos de floração de microalgas no estado.
Sesterhenn enfatiza que “qualquer suspeita de intoxicação deve ser comunicada à Vigilância Sanitária e à Cidasc. Novos laudos serão publicados, e os mapas de interdição serão atualizados assim que os resultados das análises forem emitidos”.
Atualmente, algumas áreas de cultivo de mexilhão estão com a retirada suspensa devido à detecção de elevados níveis da toxina ácido ocadaico na carne dos moluscos, são elas:
– Costeira do Ribeirão, Freguesia do Ribeirão, Caieira da Barra do Sul e Taperinha do Ribeirão, todas em Florianópolis.
– Praia do Cedro, Pontal, Enseada do Brito e Maciambu, todas em Palhoça.
Monitoramento constante
Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos e realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo de moluscos bivalves. O Molubis: Programa Nacional de Moluscos Bivalves Seguros é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, permitindo maior segurança para os produtores e consumidores.
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Alessandra Carvalho
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