Foto: Departamento Regional de Blumenau/Cidasc

Morcegos hematófagos podem transmitir o vírus da raiva para animais domésticos e animais de produção, como cavalos, bois e ovelhas. O monitoramento destes animais é uma das ações que a Cidasc realiza em Santa Catarina, implementando o Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros.

No último dia 6 de dezembro, uma equipe de médicos veterinários do Departamento Regional de Blumenau da Cidasc realizou o monitoramento e cadastro de três potenciais abrigos de morcegos em Ibirama, nas localidades de Rio Sellin e Caminho do Meio. Participaram da ação os médicos veterinários Ari Schlagenhaufer, César Augusto Barbosa de Macedo e Jean Carlos Deschamps.

“A finalidade é conhecer, cadastrar e monitorar o habitat dos morcegos hematófagos e realizar intervenções no controle populacional em propriedades, diante da incidência de raiva, e preventivamente, diante de notificações de espoliações realizadas pelos morcegos nos animais, com a realização de capturas de morcegos em propriedades rurais”, explica o gestor do Departamento Regional de Blumenau, Ari Schlagenhaufer.

A parceria com as comunidades é essencial no combate a esta zoonose, que não tem tratamento e é fatal. As informações fornecidas pelos produtores rurais permitem monitorar abrigos de morcegos e casos de espoliação (mordedura) em animais de produção, tornando o trabalho de controle mais efetivo. 

A Cidasc orienta os produtores a manter em dia a vacinação dos animais, que é uma medida que contribui para proteger também a saúde humana. Confira abaixo algumas orientações quanto a aplicação da vacina. 

Um guia rápido sobre a vacina da raiva

A vacina anti-rábica deve ser aplicada anualmente nos animais domésticos e de criação. Vacine ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida. Quanto à vacinação de cães e gatos, consulte o médico veterinário. Abaixo, orientações para cada situação envolvendo animais de criação. 

Se o animal nunca foi vacinado contra raiva:

1. Vacine; 

2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;

3. Faça nova dose de reforço em 180 dias;

4. Revacine anualmente.

Se o animal  foi vacinado alguma vez, mas não vinha recebendo o reforço anual:

1. Vacine; 

2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;

3. Faça nova dose de reforço em 180 dias;

4. Revacine anualmente.

Se o animal  foi vacinado e recebeu dose de reforço há mais de 180 dias:

1. Vacine agora;

2. Revacine anualmente;

Se o animal  foi vacinado e recebeu dose de reforço há menos de 180 dias:

1. Aguarde o prazo para vacinar.

Atenção para a conservação da vacina, pois ela precisa de refrigeração. Tanto na hora de guardar quanto de transportar o produto para a propriedade, ela precisa ser mantida entre 2°C e 8°C. Ela perde eficácia se guardada depois que o frasco é aberto, por isso o que restar no vidro aberto não pode ser guardado para o momento da aplicação do reforço. 

Fique atento e lembre que a vacina da raiva deve ser reforçada anualmente. 

Notifique à Cidasc sempre que aparecer sintomatologia nervosa nos animais e nunca manipule animais suspeitos, porque existe o risco de contágio através da saliva.

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