A Diretora Administrativa Financeira da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Vanessa Souza Adami do Espírito Santo, representou a presidente da companhia em um evento solene na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). A cerimônia, realizada nesta terça-feira, 28 de novembro, teve como foco homenagear personalidades e instituições notáveis na cadeia produtiva do mel.
Santa Catarina tem se destacado nos últimos seis concursos mundiais pela excelência de seu mel, conquistando reconhecimento internacional. Em reconhecimento a essa conquista, a Alesc, por iniciativa do deputado estadual Padre Pedro Baldissera, promoveu um ato parlamentar solene para homenagear aqueles que contribuíram significativamente para o sucesso da cadeia produtiva do mel no estado.
Padre Pedro Baldissera, coordenador da Frente Parlamentar da Apicultura e Meliponicultura, enfatizou a importância da abelha como polinizadora essencial para a vida no planeta. Ele destacou o papel vital da abelha na economia, ressaltando que várias culturas dependem de sua polinização.
Os deputados estaduais Altair Silva e Marquito, membros da Frente Parlamentar, reconheceram o legado dos que lutaram pela apicultura, destacando a resistência dos produtores frente às adversidades climáticas.
Rodrigo da Cunha, da Câmara Setorial de Apicultura e Meliponicultura do Estado e servidor da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), enumerou as atividades das instituições homenageadas, ressaltando a excelência organizacional que transformou o mel catarinense em referência nacional e internacional.
O secretário de Estado da Agricultura, Valdir Colatto, convocou os presentes a organizar a Câmara Setorial do Mel, visando aproveitar o conhecimento adquirido para impulsionar ainda mais o setor.
Em um momento de emoção, foram prestadas homenagens póstumas aos pioneiros da apicultura em Santa Catarina: Helmuth Wiese (representado por Sidnei Wiese), Eloy Puttkammer (representado por Arley Puttkammer) e Monsenhor Agenor Neves Marques (representado por Luiz Antonio Neves Marques).
Além das homenagens aos pioneiros da apicultura catarinense, instituições ligadas ao setor produtivo apícola também foram homenageadas:
- Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (Faasc), presidente Ivanir Cella;
- Secretaria de Estado da Agricultura, representada por Valdir Colatto;
- Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), presidente Dirceu Leite;
- Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), representada pela diretora Administrativa Financeira Vanessa Souza Adami do Espírito Santo, em nome da presidente da companhia, Celles Regina de Matos;
- Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), superintendente Gilmar Antônio Zanluchi;
- Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSC, Júlia Scussel; e
- Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC), vice-presidente do Conselho Deliberativo Estadual, Antônio Marcos Pagani de Souza.
Com informações: Agência Alesc
+Sobre as ações da Cidasc na defesa sanitária das Abelhas
Programa Sanidade das Abelhas
O Programa objetiva apoiar a apicultura e meliponicultura catarinense por meio das atividades pertinentes à defesa sanitária animal, com foco em educação sanitária, investigação epidemiológica, diagnóstico, monitoramento, controle e prevenção de pragas e doenças. Todo o trabalho desenvolvido pelos profissionais da Cidasc em sanidade apícola, visa manter as colmeias saudáveis, produzindo adequadamente em quantidade e com qualidade de produtos, que possam contribuir com o relevante trabalho da polinização dos pomares, que é de suma importância para a agropecuária do Estado.
Apicultura no Brasil e quais são seus benefícios para economia:
A apicultura é uma atividade que consiste na exploração comercial das abelhas para produção de mel, pólen, geléia real e própolis. Depende do produtor direcionar sua atividade para o que mais lhe convier ou atender a demanda do mercado. Um dos principais produtos da nossa apicultura nacional é o mel.
Atualmente os principais países exportadores de mel são a Argentina (detentora de 84,17% das exportações mundiais) e a China (26,59% da exportação mundial). Entretanto, nos três últimos anos esses países tiveram grandes problemas de comercialização, o que gerou um aumento da demanda do mercado mundial e fez com que o Brasil tivesse um aumento no preço pago ao apicultor.
O aumento do valor monetário do mel, fez com que diversos apicultores aumentassem sua produção e outros fora da atividade entrassem para a mesma. Porém, para uma boa produção das colméias é necessária uma quantidade de flora capaz de fornecer néctar e pólen durante todo o ano para as abelhas. Em muitos casos é indicada a suplementação com diferentes alimentos (farelo de soja, farinha láctea, farelo de polpa de citrus.)
Os principais produtos da apicultura são:
– Geleia Real: esse alimento é produzido dentro da colméia visando a alimentação dos embriões de abelha com até 3 dias e para a alimentação de toda vida da abelha rainha (a única que se alimenta integralmente de geléia real). É um alimento altamente proteico e altamente valorizado no mercado para a alimentação humana (diz haver propriedades terapêuticas, mas ainda não há comprovação científica).
– Própolis: A própolis pode ser obtida mediante algumas técnicas de produção (por exemplo, colocar alguns “calços” na tampa da caixa da colméia). É uma substância de aspecto pegajoso e sua cor depende da florada existente na região (geralmente varia de verde-escuro a preto). Sua função natural na colméia é de higienização (a própolis é bactericida), muita usada para fabricação dos mais diversos medicamentos. Há um grande interesse no Japão atualmente em exportar nossa própolis verde (eles acreditam que as propriedades terapêuticas desse tipo de própolis são maiores).
– Mel: Substância altamente energética, rico alimento consumido desde os tempos mais antigos. É rico também em aminoácidos e sua função na colméia é de alimentação das abelhas. É utilizado nos mais diferentes pratos da alimentação humana. A necessidade atual é fortalecer o mercado interno, pois o consumo per capita de mel dos brasileiros é muito baixo, comparado, por exemplo, com o dos argentinos.
– Pólen: Serve de reserva de alimento para as abelhas. É um alimento rico em proteína, mas não tão comumente utilizado para alimentação humana, apesar de toda sua riqueza nutricional.
O que faz um apicultor?
O apicultor é o profissional que atua na área de criação e tratamento de abelhas. Dessa forma, é comum que este mesmo profissional trabalhe com extração e confecção de produtos provenientes desse inseto, tais como o mel, o própolis, a geleia real, dentre outros.
Portanto, o apicultor deve possuir, em seu local de trabalho, um local propício para que as abelhas se reproduzam e possam viver sem maiores problemas. Por esse motivo, é comum que muitos desses profissionais construam colmeias artificiais, para proteger melhor esses grupos.
Apesar de não precisar de formação oficial para exercer essa profissão, um apicultor deve entender a biologia das abelhas e suas funções, tal qual a sua importância para todo o meio-ambiente.
+Programa Defesa Sanitária em Abelhas
Cadastro das colmeias
O cadastro das colmeias na Cidasc é obrigatório para todos os produtores de abelhas Apis mellifera e nativas (sem ferrão).
Para cadastrar ou atualizar o registro das colmeias, os produtores rurais devem ir até o escritório da Cidasc de seu município e levar um documento de identificação válido e os dados de sua propriedade, como localização, bairro e município.
Benefícios do cadastro
O cadastro visa monitorar, evitar e controlar possíveis pragas e doenças que possam afetar as abelhas, além do atendimento e avaliação dos casos de intoxicação por agrotóxicos e do planejamento de políticas públicas para o desenvolvimento do setor produtivo. Em alguns casos, o registro das colmeias possibilita até mesmo prevenir alguns fenômenos que causam o desaparecimento de abelhas.
Movimentação
A movimentação dos animais e colmeias entre propriedades rurais deve ser acompanhada da Guia de Trânsito Animal (GTA), que pode ser emitida on-line ou pessoalmente no escritório municipal da Cidasc. Para a emissão da GTA é necessário que o produtor tenha seu cadastro sempre atualizado, na Cidasc.
Importância do Serviço de Inspeção Estadual nos produtos apícolas
Em Santa Catarina, a execução do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) é de responsabilidade da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
Compete ao Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Deinp) coordenar as ações de inspeção, as quais são realizadas atualmente por profissionais graduados em medicina veterinária, vinculados ao SIE através de convênios entre Cidasc e municípios catarinenses ou empresas e cooperativas credenciadas pela Cidasc.
O objetivo do serviço de inspeção é garantir a segurança dos alimentos ao consumidor, através da inspeção ante e post mortem dos animais e da adoção de medidas de controle de todo processo produtivo de alimentos de origem animal. A inspeção atua prevenindo a ocorrência de zoonoses e outras doenças veiculadas pelos alimentos e contribui para a vigilância de doenças relacionadas à sanidade dos animais.
O corpo técnico do Deinp é formado atualmente por médicos veterinários oficiais, os quais realizam análises de solicitações dos empresários e produtores rurais que desejam ter seus produtos de origem animal (carne, leite, pescado, ovos e mel) e seus derivados aptos para serem comercializados em todo o território catarinense.
A inspeção de produtos de origem animal, sob a fiscalização de médicos veterinários da Cidasc, é realizada por mais de 300 médicos veterinários habilitados, cerca de 220 destes vinculados a mais de 10 empresas credenciadas e 80 médicos veterinários vinculados à Cidasc por meio de convênios firmados com prefeituras.
As ações dos profissionais da Cidasc compreendem, principalmente: 1) vistorias nos locais em que as indústrias estão ou almejam se instalar; 2) realização e aprovação de projetos de fluxo de produção das agroindústrias; 3) realização de análises de processos de fabricação e de rotulagem de produtos; 4) acompanhamento e fiscalização das atividades de rotina das indústrias; 5) fiscalização das atividades dos médicos veterinários habilitados; 6) realização de coleta de produtos de origem animal para análises laboratoriais; 7) combate a fraudes; 8) combate a clandestinidade; 9) ações de educação sanitária; 10) realização e/ou apoio de pesquisas relacionadas à produção de alimentos e segurança dos alimentos.
O Selo SIE permite a comercialização em todo o território catarinense. Além disso, cabe destacar que o Serviço de Inspeção Estadual de Santa Catarina aderiu, desde 2013, ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SisbiI-POA). Tal condição permite que estabelecimentos com selo SIE possam comercializar sua produção em todas as Unidades da Federação, desde que cumpridas pelas agroindústrias as exigências de adesão a este sistema (Sisbi).
Atualmente a Cidasc, por meio do SIE coordenado pelo Deinp, possui mais de 490 agroindústrias aderidas ao SIE, sendo que destas, 65 já estão aderidas ao SISBI.
Nesta e nas próximas páginas será possível obter informações sobre o funcionamento e os controles realizados pelo SIE, assim como verificar e obter as principais legislações e demais normativas que regulamentam este Serviço.
Promover a saúde pública e auxiliar no desenvolvimento sustentável de empresas catarinenses é um dever de todo cidadão! Portanto, esforços conjuntos por meio das ações do Serviço de Inspeção Estadual, participação da população, inspetores, responsáveis técnicos e responsáveis por agroindústrias são fundamentais para que o direito de adquirir e consumir alimentos de origem animal seguros possa ser alcançado.
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Alessandra Carvalho
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