A Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa recebeu, nesta terça-feira (05/09), a presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Celles Regina de Matos, e os médicos veterinários da companhia, Jader Nones, gestor do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Deinp) da Cidasc e Flávia Klein, coordenadora Estadual de Inspeção de Abatedouros Frigoríficos de Ruminantes e do Programa Novilho Precoce na Cidasc. O colegiado conheceu mais sobre o Programa Novilho Precoce e o Selo Comemorativo dos 30 anos do Programa.
O Programa Novilho Precoce, é uma iniciativa pública criada em 1993 para estimular o trabalho de melhoramento do rebanho bovino catarinense, por meio da comercialização de novilhos superprecoces (idade até 20 meses) e novilhos precoces (até 30 meses) no estado de Santa Catarina, que atendam aos parâmetros de tipificação de carcaças: sexo, maturidade, conformação, acabamento e peso, proporcionando um pagamento diferenciado aos produtores e crédito presumido ao abatedouro frigorífico. Esse valor equivale a 2,8% ou 3,5% a mais, que é um incentivo financeiro, sobre o valor pago pelo quilo da carcaça.
Segundo a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, os números do Estado de Santa Catarina são bem atraentes para o mercado da carne. “Atualmente com 24 abatedouros frigoríficos credenciados e 4.985 produtores rurais cadastrados. Somente no último ano o programa teve um incremento de pouco mais de mil produtores rurais. O incentivo e a eficiência do Estado na prestação de serviços públicos de qualidade ao produtor rural, gera mudanças no meio rural, estimula a produção e aumenta a renda de quem está no campo. Este Programa tem potencial para produzir ainda mais riqueza no Estado, e estamos trabalhando arduamente no aprimoramento desta política pública”, frisa Celles Regina de Mattos.
A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, destacou que o Programa consiste no estímulo à produção de carne bovina de alta qualidade, baseada na conformação da carcaça dos animais, que é tipificada em frigoríficos habilitados pela Cidasc. “Nosso objetivo com a vinda à Alesc é mostrar que a Cidasc não só fiscaliza, mas orienta e abre oportunidades à cadeia produtiva. Também queremos divulgar este Programa, para que cada vez mais produtores tenham acesso. Entendemos que nesta Casa existem lideranças com muitos contatos que vão nos ajudar a levar esse Programa para o campo”.
“Na Expointer, em Esteio (RS), realizamos o lançamento do Selo Comemorativo aos 30 anos do Programa Novilho Precoce. Este Selo é uma forma de valorizar o produto catarinense. É uma alegria comemorar um marco do Programa Novilho Precoce. Isso representa um trabalho bem feito, um trabalho de saúde pública, de segurança alimentar, além de alto valor zootécnico. Lançar este Selo Comemorativo de 30 anos do Novilho Precoce de Santa Catarina, é reconhecer o produto catarinense e diferenciar ele no mercado. Vamos mostrar ao consumidor catarinense e depois ao Brasil, o valor dos produtos de Santa Catarina. Agradeço a cada um e peço que continue fomentando este Programa”, finalizou a presidente Celles.
Conforme a médica veterinária Flávia Klein, coordenadora Estadual de Inspeção de Abatedouros Frigoríficos de Ruminantes e do Programa Novilho Precoce na Cidasc, a produção de novilhos superprecoces e precoces não é apenas uma forma de melhorar a rentabilidade do produtor rural ou da agroindústria. “O Programa incentiva a produção de carne de qualidade, vinda de animais jovens e bem terminados, através do pagamento diferenciado aos produtores. Vale destacar, que o abate precoce também traz grandes vantagens para a cadeia produtiva e para a economia, porque aumenta o emprego de tecnologia e promove a qualidade do produto final destinado ao consumidor. O Programa possui um grande potencial de crescimento, considerando que das propriedades rurais do Estado que se dedicam à criação de bovinos de corte apenas 3,06% encontram-se cadastradas, podendo beneficiar ainda mais produtores rurais catarinenses ainda não vinculados ao Programa”, ressalta Flávia.
O deputado estadual, Altair Silva, presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural, destacou a importância de divulgar o Programa e atrair mais participantes. “Precisamos intensificar esse trabalho, tanto para os frigoríficos, quanto para os produtores rurais, para que mais produtores entrem no programa, já que ele dá benefício de 2,8% ou 3,5% a mais por tipificação de carcaça atingida. No ano de 2022 esse Programa levou mais de 24 milhões de reais às propriedades rurais que trabalham com a bovinocultura de corte. E podemos ampliar muito este programa, porque é um incentivo que cai direto no bolso do produtor rural”, destaca o deputado.
+Programa Novilho Precoce
O Programa Novilho Precoce é uma iniciativa pública de estímulo ao trabalho de melhoramento do rebanho bovino catarinense, instituído pela Lei Estadual n.º 9183, de 28 de julho de 1993, de autoria do atual presidente da Federação da Agricultura de Santa Catarina (Faesc), na época deputado estadual José Zeferino Pedrozo, e regulamentado cinco anos depois, pelo Decreto-Lei n.º 2.908, de 26 de maio de 1998.
Para receber este incentivo, o produtor deve ser cadastrado no Programa e abater seus animais em um abatedouro frigorífico credenciado. De acordo com Jader Nones, gestor do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Cidasc, no frigorífico existem profissionais capacitados pela Cidasc para avaliar os animais e efetuar a tipificação e classificação das carcaças destes animais.
A produção do novilho precoce, além de melhorar a rentabilidade da fazenda, traz vantagens para a cadeia produtiva da carne e para a economia do país, porque eleva a qualidade do produto pecuário e facilita a entrada da carne brasileira no mercado internacional. Para a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, “o Programa remunera melhor o produto do pecuarista e incentiva igualmente os frigoríficos. Trabalho técnico que retorna na forma de ganhos para o produtor, o Estado e o consumidor, com oportunidade de consumir uma carne de alta qualidade em suculência, textura e aparência”, acrescenta Celles Regina de Matos, presidente da Cidasc.
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