
A presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Celles Regina de Matos, participou, nesta quarta-feira (23/08), de reunião do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O encontro foi presidido pelo Secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart, e pelo diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério.
O “Programa Nacional de Identificação de Bovinos e Bubalinos”, no auditório da Companhia de Abastecimento (Conab), em Brasília, abordou sobre os mecanismos de rastreabilidade na cadeia produtiva bovina, frente a publicação da Lei n.º 14.515, de 29 de dezembro de 2022. A referida legislação dispõe sobre os programas de autocontrole dos agentes privados regulados pela defesa agropecuária e sobre a organização e os procedimentos aplicados pela defesa agropecuária aos agentes das cadeias produtivas do setor agropecuário.
+Projeto de Identificação de Bovinos e Bubalinos em Santa Catarina
Desde 2008, Santa Catarina adotou um sistema de identificação do rebanho catarinense, que além de fornecer informações sobre a procedência dos animais ajuda a manter um status sanitário diferenciado. É um processo rápido, simples e de graça. Em Santa Catarina a identificação de bovinos e bubalinos é obrigatória e é benéfica para toda a cadeia produtiva. É o único Estado que possui esse trabalho.
O Programa de Identificação de Bovinos e Bubalinos em Santa Catarina (PIB-SC) é um sistema de identificação e monitoramento que permite, ao serviço de saúde animal, executado pela Cidasc, melhor controle e rastreabilidade da produção de bovinos e bubalinos, promovendo a segurança sanitária do rebanho no Estado. Com esta identificação é possível acompanhar toda a movimentação dos animais, saber de qual município e de qual propriedade provém cada animal, onde nasceu e onde foi abatido. É importante ressaltar que o controle da movimentação de bovinos e bubalinos é fundamental para o controle de doenças não só deles, mas de suínos, por exemplo, já que os suínos, em geral, costumam viver confinados e os bovinos e bubalinos são movimentados muito mais durante sua vida produtiva.
A identificação dos primeiros animais em alguns municípios iniciou em 31 de março de 2008, através do projeto-piloto e a partir de 19 de maio se expandiu para todo o território catarinense. Nesta etapa foram identificados 4,1 milhões de animais. Através do PIB-SC, a Cidasc realizou, em 2008, o cadastro no Sistema de Gestão da Defesa Agropecuária Catarinense (Sigen+) de todas as propriedades que possuíam bovinos ou bubalinos e cada um desses animais receberam um brinco e um bóton de identificação oficial do Estado, um em cada orelha, com características visuais e eletrônicas. Cada animal cadastrado no sistema de defesa sanitária animal da Cidasc tem numeração compatível com o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), do Ministério da Agricultura.
“Além da identificação e rastreabilidade dos bovinos e bubalinos, a Cidasc realiza ainda o controle do trânsito de animais e produtos de origem animal. Contamos com 58 barreiras sanitárias fixas, que funcionam o ano inteiro, 24 horas por dia, 7 dias por semana, para garantir um dos maiores patrimônios do estado: a sanidade agropecuária de Santa Catarina. Chamo a atenção para a importância do trabalho dos profissionais da Cidasc para o setor agropecuário. Continuamente, os profissionais da companhia realizam inspeções clínicas e estudos sorológicos nos rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigação de qualquer suspeita de enfermidade que seja notificada pelos produtores ou por qualquer cidadão. Até mesmo na hora de uma notificação que resulte suspeita ou provável, saber onde estão e quantos são os nossos bovinos e bubalinos, é decisivo para podermos conter focos e surtos de doenças imediatamente”, ressalta a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos.
A soma destes esforços conduziu o reconhecimento de Santa Catarina como referência internacional pela qualidade de seus produtos e pelo cuidado constante com a sanidade de seus rebanhos. Ano após ano o agronegócio catarinense se destaca e amplia a presença internacional e hoje já responde por mais de 60% das exportações.
“A identificação individual dos bovinos e bubalinos em Santa Catarina é mais um diferencial que só nosso Estado possui e que o Mapa agora inicia trabalhos em todo o país para implantar esse trabalho. Há um cronograma, por Estado, para que o sistema opere nacionalmente, inclusive interligado por software e em tempo real com o Ministério. A sustentabilidade das exportações do país está intimamente ligada à execução da rastreabilidade sanitária e ambiental. A saúde única é o que pereniza a produção e as exportações”, frisa a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos.
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