
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), através do Departamento Regional (DR) de Tubarão, dando prosseguimento à parceria com a Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul/Instituto Ânima Educação, no dia 20/04, mais uma aula aos graduandos do curso de medicina com ênfase à raiva que acomete os herbívoros. Coube a médica veterinária Angela Zimmermann, coordenadora de Defesa Sanitária Animal no DR de Tubarão, ministrar a aula sobre a raiva bovina, suas causas, sintomas e ações de controle.

A profissional, esclareceu ainda sobre o papel da Cidasc para prevenção da doença, com o controle populacional de morcegos hematófagos, mapeamento de furnas, cavernas e as ações em caso de notificações e atuação em focos. “É elogiável o comprometimento com que os profissionais da Cidasc “abraçaram” a Educação Sanitária nos projetos para Sanitaristas Juniores e Acadêmicos, destacou o gestor regional Vanderlei Machado”. Para a Universidade ter os agentes de defesa agropecuária e de inspeção do Estado palestrando aos seus alunos é uma oportunidade ímpar.
Colaboração: Hélio Medeiros Leandro, Cidasc Tubarão.
+Raiva:
A raiva é uma doença sem cura e sem tratamento, que pode afetar tanto animais quanto humanos. A vacinação dos animais é a principal forma de manter a doença sob controle. Confira abaixo algumas informações importantes relacionadas à raiva bovina:
Morcegos
O morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus é o responsável pela transmissão da raiva para os herbívoros, portanto jamais coloque a mão em um morcego mesmo que ele esteja imóvel e aparentemente morto.
O médico veterinário e responsável pelo Programa de Controle da Raiva dos Herbívoros, Fábio de Carvalho Ferreira, ressalta que as espécies de morcegos hematófagos e não hematófagos são protegidos por lei e seu manejo e controle caracteriza crime ambiental.
Por isso, somente profissionais capacitados, do Serviço Veterinário Oficial – SVO, podem intervir em colônias de morcegos em área de risco para a raiva, porque são capazes de diferenciar as espécies de morcegos em um abrigo”.
Em caso de acidente com um desses animais, procure um hospital ou posto de saúde mais próximo, relate o ocorrido para receber o tratamento adequado.
Sintomas nos animais
O animal apresenta um sangramento na ferida onde ocorreu a mordedura. Os sintomas mais comuns da contaminação são a respiração ofegante, o descontrole da coordenação motora, paralisia e a morte em torno de dez dias. O animal contaminado pela raiva sempre vai a óbito. O morcego vampiro (Desmodus rotundus) têm hábitos noturnos e são encontrados em cavernas, ocos de árvore, minas e casas abandonadas.
Sintomas nos humanos
Os sintomas da raiva humana são inespecíficos no início da doença, como mal-estar geral, pequeno aumento da temperatura corporal, falta de apetite e, em seguida, instalam-se alterações de sensibilidade, queimação, formigamento, dor no local do ferimento, com posterior quadro de infecção e febre, evoluindo para aerofobia, hidrofobia e crise convulsiva. O período entre o aparecimento do quadro clínico até o óbito varia entre cinco e sete dias.
Como proceder em caso de contágio
Em caso de agressão por um animal suspeito de ter a doença, a vítima deve lavar imediatamente o ferimento com água e sabão e procurar com urgência o serviço de saúde mais próximo, para avaliação da situação. No caso do agressor ser animal doméstico (cão e gato), não deve-se matar o animal e, sim, deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva.
Para ajudar no controle da raiva
– Vacine seu rebanho contra a raiva;
– Informe ao escritório da Cidasc mais próximo sempre que seus animais ficarem doentes e apresentarem dificuldade para caminhar, se alimentar, e/ou agressividade;
– Caso seus animais tenham marcas de mordedura causada pelo morcego hematófago, comunique à Cidasc do seu município, mesmo que não estejam doentes;
– Avise ao médico veterinário da Cidasc se souber de algum local que possa abrigar morcegos hematófagos, tais como, cavernas; grutas; ocos de árvore; túneis; bueiros; passagem sob rodovias, cisternas e poços; casas e construções abandonadas.
ATENÇÃO! Nunca tente capturar um morcego, chame um profissional capacitado para removê-lo adequadamente.
+“Sanitarista Acadêmico”
O Projeto Sanitarista Acadêmico, idealizado pela equipe da Cidasc para aproximar o setor educacional e a defesa agropecuária, foi lançado, no dia 08 de junho de 2021, e apresentado para universidades e escolas técnicas de Santa Catarina. O evento, realizado no formato on-line, aproximou o setor público e privado, com objetivo de formar uma aliança na área de defesa agropecuária, por ações conjuntas com as instituições como: palestras e futuros projetos de pesquisa, além de contribuir com a formação dos futuros profissionais do setor agropecuário, propiciando conhecimentos sobre a defesa agropecuária e o fortalecimento de redes de trabalho colaborativo.
Com o Sanitarista Acadêmico, a Cidasc busca se aproximar da educação técnica e superior, contribuindo com a importância do trabalho da Cidasc na promoção da saúde pública, do bem-estar animal e na preservação do meio ambiente.
A intenção do projeto é não se restringir aos cursos mais próximos do campo, como Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia, abrangendo também outras especialidades no campo da saúde, uma vez que cuidar da sanidade animal e vegetal é também promover a saúde humana. Apoiado sob a ótica de One Health (Saúde Única), definida pela FAO/OIE/OMS, o projeto visa demonstrar a importância e o potencial da saúde animal, sanidade vegetal, e segurança dos alimentos para a sociedade.
O Sanitarista Acadêmico prevê, ainda, difundir os valores, a cultura e o papel da agricultura de Santa Catarina, bem como o seu potencial para gerar qualidade de vida, com a preservação, equilíbrio ambiental e produção de alimentos seguros.
A defesa agropecuária, que em Santa Catarina é de responsabilidade da Cidasc, é essencial para que o alimento oferecido à população seja seguro para consumo. Programas de educação sanitária, como o Sanitarista Acadêmico, buscam mostrar a relevância deste serviço para o bem-estar das pessoas e também para o bom desempenho das atividades econômicas ligadas ao meio rural.
Ficou interessado?
Agende uma apresentação sobre o projeto na sua instituição. Envie sua solicitação para o e-mail: fabranco@cidasc.sc.gov.br
+Inf.: https://www.cidasc.sc.gov.br/educacao-sanitaria/sanitarista-academico/
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