A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), através do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (DEDEV), com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), realizou, no dia 30 de março, em Chapecó uma reunião técnica para tratar das diretrizes e definições em detrimento do reconhecimento oficial do estado de Santa Catarina como Unidade da Federação com ocorrência das pragas quarentenárias presentes “Candidatus Liberibacter americanus” e “Candidatus Liberibacter asiaticus”, publicado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Secretaria de Defesa Agropecuária no início de março do mesmo ano. O objetivo do encontro foi oficializar e definir ações necessárias conforme a Portaria número 317, de maio de 2021, que instituiu o Programa Nacional de Prevenção e Controle à doença denominada Huanglongbing (HLB) – PNCHLB.
A doença, também conhecida como greening dos citros, é mais importante atualmente para as cultivares citrícolas e tem potencial destrutivo, pois em poucos anos é capaz de tornar uma planta improdutiva. É causada por bactérias transmitidas pelo psilídeo-asiático-dos-citros, Diaphorina citri. Uma ação de monitoramento em cooperação Epagri e Cidasc era realizada desde 2016, nas quais pomares em diversas áreas do Estado, eram monitorados para a presença do inseto e plantas com sintomas da doença, como o mosqueado em folha. No ano de 2022, após a publicação da Portaria 317, um diagnóstico estadual foi realizado, onde se detectou plantas doentes e o psilídeo-vetor portando a bactéria no Oeste de Santa Catarina.
Na reunião, na qual estavam presentes engenheiros-agrônomos e técnicos agrícolas da Cidasc, extensionistas e pesquisadores da Epagri e citricultores, foram discutidos procedimentos para a prevenção e controle da doença, envolvendo ações dos citricultores e do órgão de defesa. “Temos que elaborar esse plano juntamente com os citricultores, pois a intenção é que eles entendam que eles terão que adotar medidas em suas propriedades para o controle do HLB”, afirmou Alexandre Mees, gestor estadual do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc. “É importante que os citricultores já comecem a se familiarizar com os sintomas da doença e com o aspecto do psilídeo vetor, para que ele faça o reconhecimento em sua propriedade para a adoção de medidas de controle”, ressaltou a pesquisadora da Epagri, Maria Cristina Canale.
O que é possível fazer, de imediato, é a aquisição de mudas citrícolas a partir de viveiros telados, evitando a compra de mudas de vendedores ambulantes, pois essas plantas já podem estar contaminadas. Cabe destacar que a região do Alto Vale do Itajaí, principal polo produtor de mudas cítricas no estado, fica distante mais de 250 Km da região dos casos reportados de HLB. A produção de mudas é profissionalizada, sendo realizada há pelo menos 10 anos em viveiros com telas anti-afídeos, que impedem a entrada do psilídeo. Existe o acompanhamento de responsáveis técnicos que realizam a Certificação Fitossanitária de Origem das mudas, sob fiscalização constante da Cidasc. Desta forma, não há dúvidas quanto à sanidade e qualidade das mudas cítricas produzidas no estado.
Fonte: Fabiana Alexandre Branco, gestora de Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc e Maria Cristina Canale, pesquisadora da Epagri.
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