Santa Catarina conta com 2 mil hectares de pomares de maracujá, concentrados no Sul do Estado. O Estado é o terceiro maior produtor de maracujá do Brasil, ficando atrás apenas da Bahia e do Ceará. Em 2022, a produtividade catarinense atingiu média histórica, em torno de 30 a 40 toneladas por hectare.
Para proteger a cultura que é fonte de renda para mais de 900 famílias no Estado, a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural através da Portaria SAR n.º 17/2022, dispõe a obrigatoriedade do uso de antecâmara na produção de mudas de maracujá desde o dia 1º de janeiro de 2023.
De acordo com o gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, Alexandre Mees, a obrigatoriedade dos viveiros disporem de sistema de acesso com antecâmara com portas desencontradas já é prevista nas portarias sobre o Vírus do endurecimento dos frutos do maracujazeiro desde a primeira versão, em 2020, e precisa ser respeitada. “A produção de mudas de maracujá em SC deve ser feita sempre em ambiente protegido, de forma a evitar o ingresso de insetos na área de produção de mudas. A adoção dessas medidas é fundamental para manter a sanidade dos pomares com garantia de alta produtividade e qualidade das frutas”, afirma Mees.
A produção de mudas de maracujá-azedo (Passifora edulis) em Santa Catarina, começa no final de fevereiro e se estende até o fim do período de vazio sanitário, conforme calendário regionalizado.
Para auxiliar o agricultor familiar catarinense, a Secretaria da Agricultura concedeu, em novembro de 2020, recursos no valor de até R$ 10 mil para a construção de abrigos de cultivo e aquisição dos insumos necessários para produção de mudas de maracujá, com pagamentos em até cinco anos e com descontos para pagamentos em dia. Essa política pública levou em conta o levantamento da produção de mudas em ambiente protegido feito por extensionistas rurais da Epagri em municípios produtores de maracujá-azedo. Os valores foram concedidos a partir de projetos elaborados pela Epagri.
Sobre a antecâmara
A antecâmara complementa a estrutura dos abrigos de produção de mudas, que devem ser construídos com telas antiafídeo com malha de no mínimo 40 mesh, que impede a entrada de pulgões e permite o controle efetivo contra pragas. A estrutura deve ser construída anexa à entrada do abrigo, com dimensão mínima de 1,5m x 1,5m, com porta em posição desencontrada da porta do abrigo.
Alexandre Mees alerta para o risco de ingresso do pulgão na entrada dos viveiros. “É importante o produtor ficar atento na hora de ingressar nos viveiros. As duas portas nunca devem ser abertas ao mesmo tempo. Para ingressar no abrigo, a porta da antecâmara deverá ser fechada antes da abertura da porta do abrigo”, frisa o gestor. Ele complementa que “mudas sadias são fundamentais para o sucesso da produção e a preservação dos pomares. Para adquirir mudas de maracujá oriundas de outros estados, seja com o objetivo de plantio ou até de comercialização, o produtor deverá solicitar autorização com antecedência de 30 dias à Cidasc”, finaliza.
Mais informações à imprensa:
Jaqueline Vanolli
Assessoria de Comunicação – Cidasc
Fone: (48) 3665 7000
ascom@cidasc.sc.gov.br
www.cidasc.sc.gov.br
www.facebook.com/cidasc.ascom
Ouvidoria: 0800 644 8500