Foto: Ascom/Cidasc

Representantes de diversas organizações ligadas ao agro catarinense, em especial à avicultura, participaram de mais uma reunião do Comitê Estadual de Sanidade Avícola de SC (Cesavi) na manhã desta segunda-feira (12/12), na sede da Defesa Civil de Santa Catarina, com foco na prevenção à influenza aviária e no reforço às medidas de vigilância no Estado.

O evento reuniu especialistas da iniciativa privada, governo e lideranças do setor para alinhar informações, planos de contingência e medidas estratégicas contra a doença, que está causando grandes prejuízos nos países vizinhos Colômbia, Peru, Equador, Venezuela e Chile.

A doença nunca foi registrada no Brasil, mas focos nos países da América do Sul acenderam um alerta das autoridades de defesa agropecuária brasileira. Também chamada de gripe aviária, pode atingir diversas espécies de animais, assim como aves silvestres ou de produção, com potencial de enormes perdas para a avicultura e risco de contágio para quem tiver contato com os animais.

Foto: Ascom/Cidasc

Assim que tomaram conhecimento das primeiras ocorrências em países da América do Sul, a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), reforçaram as medidas de vigilância em Santa Catarina.

O diretor de Defesa Agropecuária da Cidasc, Diego Torres Severo, destaca a importância do envolvimento de todos os elos da cadeia produtiva. “Os órgãos oficiais de Defesa Agropecuária, junto aos procedimentos de biossegurança dos produtores e o suporte técnico dos profissionais capacitados das agroindústrias serão determinantes para o sucesso da proteção do plantel avícola catarinense”, destaca.

Severo explica que neste momento Santa Catarina mantém a situação sanitária em alerta laranja e com os postos de fiscalização agropecuária ativos, realizando o controle em pontos estratégicos, bem como a vigilância passiva e ativa, além de atualizar o Plano Estadual de Contingência da Influenza Aviária com base nas ações de monitoramento e vigilância, descritas no âmbito das ações do Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária.

O monitoramento de casos suspeitos realizado pelos profissionais da Cidasc é contínuo e das 127 notificações de suspeita de influenza aviária recebidas este ano, todas foram descartadas. Também no decorrer deste ano, foram realizadas fiscalizações em propriedades e em estabelecimentos comerciais com vistas à biossegurança dos locais.

secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto Ternus e o diretor de Defesa Agropecuária da Cidasc, Diego Torres Severo. Foto: Ascom/Cidasc

O secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto Ternus, faz um alerta sobre os impactos desta doença. “Santa Catarina se destaca como segundo maior produtor e exportador de carne de frango. Só em 2021, mais de 5 mil avicultores destinaram aves para o abate. Destes, a maioria provém de agricultores familiares. Precisamos estar atentos, a doença representa um ‘risco’ para a avicultura, para a economia do Estado de Santa Catarina, para a segurança alimentar e a saúde pública de todos os catarinenses”, advertiu o secretário.

Como prevenir
– Adquira somente aves acompanhadas da GTA (Guia de Trânsito Animal) e com comprovações sanitárias;
– Crie as aves separadas por espécie, em local cercado, com área coberta e telada com tela de 1 polegada, mantendo os alimentos e água protegidos do acesso de aves silvestres;
– Utilize calçado e vestimenta exclusiva para acesso ao local com aves e desinfete o veículo caso visite outros estabelecimentos avícolas; 
– Separe as aves recém chegadas das já existentes por pelo menos 15 dias, observando o aparecimento de sinais clínicos ou de mortalidade.

Mais informações à imprensa:
Jaqueline Vanolli
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