Foto: Polícia Civil Lages

Nesta sexta-feira, 14 de outubro, uma operação busca reduzir os crimes de abigeato (furto de gado) na serra catarinense. Segundo dados do Centro de apoio de combate aos crimes contra o Agro da Polícia Civil – CAOAGRO/PCSC, o abigeato é um crime com altos índices de ocorrência na região serrana.

Fazem parte da operação a Polícia Civil, a Cidasc, e as Vigilâncias Sanitária Estadual e do Município de Lages. Durante o dia, vários estabelecimentos comerciais estão sendo fiscalizados, para verificação da procedência da carne comercializada. A comercialização de carnes sem inspeção sanitária é uma infração, por colocar em risco a saúde dos consumidores, e a receptação de carne roubada é crime, alertam as organizações envolvidas na operação.

Abate clandestino
O abate clandestino representa um grande desafio para as autoridades sanitárias catarinenses, porque impede o controle sanitário e a rastreabilidade da carne e de produtos de origem animal, tanto pela ausência de inspeção adequado das carcaças, quanto pela inobservância de normas e procedimentos sanitários durante a manipulação do animal (Boas Práticas de Fabricação), fato que ofende a legislação e o direito do consumidor de adquirir e consumir alimentos de qualidade e inócuos. Também representa um dos mais preocupantes fatores de risco à saúde pública, pela exposição a agentes infecciosos e parasitários, como aqueles que são transmitidos ao homem pelos animais, pela ingestão de alimentos de qualidade sanitária suspeita e pela contaminação do meio ambiente.

Além de violar os procedimentos adequados quanto ao bem-estar animal e abate humanitário, o abate clandestino é normalmente realizado em instalações extremamente precárias e inadequadas, com instrumentos e técnicas inapropriadas. Essa situação, também de submeter os animais ao sofrimento, resulta em sub aproveitamento de suas partes, caracterizando total desrespeito à vida perdida. No abate clandestino não existe, tampouco, qualquer controle quanto ao trânsito de animais, item de suma importância na prevenção de doenças que afetam os rebanhos, como é o caso da febre aftosa.

De acordo com a Cidasc, as ações executadas pelos profissionais da companhia são voltadas a garantir segurança e inocuidade alimentar, além de combater a fraude econômica no estado de Santa Catarina. A atuação do Serviço de Inspeção assume um papel importante na qualidade da saúde de todos os consumidores, seja através do combate a produção e comercialização de alimentos de origem clandestina, como pelo aumento da oferta de produtos inspecionados pelas fiscalizações higiênico-sanitários. Através das ações da Cidasc, objetivamos conscientizar a população e os comerciantes sobre o grande risco do abate clandestino e da comercialização dos produtos provenientes da clandestinidade.

Santa Catarina possui um rebanho de mais de 4 milhões e 600 mil cabeças de bovinos, com todo o rebanho devidamente identificado e rastreado e status sanitário livre de aftosa sem vacinação, condição que agrega valor ao produto e abre mercados extremamente exigentes. A indústria de carnes cresce significativamente no estado de Santa Catarina e as adequações das instalações dos abatedouros frigoríficos registrados no Serviço de Inspeção são importantes. As empresas devidamente registradas no serviço de inspeção geram milhares de novos empregos diretos e indiretos diariamente, melhora a arrecadação dos impostos para estados e municípios e diminui os impactos ambientais. Com isto, asseguram-se a inocuidade dos alimentos, a segurança dos produtos e a promoção da saúde pública.

Participação da comunidade – A Cidasc conta com o apoio e a ajuda da população para o sucesso no combate ao abate clandestino. O consumidor pode auxiliar o combate ao abate clandestino através de denúncias à Ouvidoria Geral do Estado de Santa Catarina, pelo telefone 0800 644 8500; ou site: (http://www.ouvidoria.sc.gov.br/cidadao/)

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Alessandra Carvalho
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