
Hoje, dia 28 de setembro é celebrado o Dia Mundial de Combate à Raiva, nesta data, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc reforça a importância da manutenção das ações de prevenção e controle da doença no Estado.
A raiva é uma doença fatal que acomete todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. A doença, que é transmitida por animais domésticos, animais de produção e animais silvestres ataca o Sistema Nervoso Central (cérebro), causando mudança de comportamento, paralisia e por vezes agressividade.
O animal doente elimina o vírus da raiva pela saliva. Por isso, não devemos colocar a mão na boca de cavalos ou bovinos que estejam com dificuldade de locomoção e/ou salivação intensa. Cães, gatos e animais silvestres transmitem a doença pela mordida do animal doente.
Morcegos
O morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus é o responsável pela transmissão da raiva para os herbívoros, portanto jamais coloque a mão em um morcego mesmo que ele esteja imóvel e aparentemente morto.
O médico veterinário e responsável pelo Programa de Controle da Raiva dos Herbívoros, Fábio de Carvalho Ferreira, ressalta que as espécies de morcegos hematófagos e não hematófagos são protegidos por lei e seu manejo e controle caracteriza crime ambiental.
Por isso, somente profissionais capacitados, do Serviço Veterinário Oficial – SVO, podem intervir em colônias de morcegos em área de risco para a raiva, porque são capazes de diferenciar as espécies de morcegos em um abrigo”.
Em caso de acidente com um desses animais, procure um hospital ou posto de saúde mais próximo, relate o ocorrido para receber o tratamento adequado.
Raiva em Humanos – Sintomas
Sintomas nos animais
O animal apresenta um sangramento na ferida onde ocorreu a mordedura. Os sintomas mais comuns da contaminação é a respiração ofegante, o descontrole da coordenação motora e a morte em torno de dez dias. O animal contaminado pela raiva sempre vai a óbito. O morcego vampiro (Desmodus rotundus) têm hábitos noturnos e são encontrados
em cavernas, ocos de árvore, minas e casas abandonadas.
Sintomas nos humanos
Os sintomas da raiva humana são inespecíficos no início da doença, como mal-estar geral, pequeno aumento da temperatura corporal, falta de apetite e, em seguida, instalamse alterações de sensibilidade, queimação, formigamento, dor no local do ferimento, com posterior quadro de infecção e febre, evoluindo para aerofobia, hidrofobia e crise convulsiva. O período entre o aparecimento do quadro clínico até o óbito varia entre cinco
e sete dias.
Como proceder em caso de contágio
Em caso de agressão por um animal suspeito de ter a doença, a vítima deve lavar imediatamente o ferimento com água e sabão e procurar com urgência o serviço de saúde mais próximo, para avaliação da situação. No caso do agressor ser animal doméstico (cão e gato), não deve-se matar o animal e, sim, deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva.
Para ajudar no controle da raiva
– Vacine seu rebanho contra a raiva;
– Informe ao escritório da Cidasc mais próximo sempre que seus animais ficarem doentes
e apresentarem dificuldade para caminhar, se alimentar, e/ou agressividade
– Caso seus animais tenham marcas de mordedura causada pelo morcego hematófago, comunique à Cidasc do seu município, mesmo que não estejam doentes;
– Avise ao médico veterinário da Cidasc se souber de algum local que possa abrigar morcegos hematófagos, tais como, cavernas; grutas; ocos de árvore; túneis; bueiros; passagem sob rodovias, cisternas e poços; casas e construções abandonadas.
ATENÇÃO! Nunca tente capturar um morcego, chame um profissional capacitado para removê-lo adequadamente.
Programa de Controle da Raiva dos Herbívoros em Santa Catarina
O PCRH em Santa Catarina tem como estratégias de atuação o controle da população de transmissores (morcegos hematófagos da espécie (Desmodus rotundus); a vacinação dos herbívoros domésticos em situações específicas; a vigilância epidemiológica; o monitoramento sistemático e cadastramento de abrigos de morcegos e a educação em saúde e capacitação dos profissionais do Serviço Veterinário Oficial – SVO.
A Raiva é de notificação obrigatória. Por se tratar de uma zoonose, o pecuarista não deve manipular os animais que apresentarem sintomas de doença nervosa como andar cambaleante, animais caídos. A presença de espoliação/mordedura no animal, também é um indicativo de que esteja sendo atacado por morcegos. Para isso, notifique a Cidasc para realização de investigação dentro das normas do Programa de Controle da Raiva
dos Herbívoros.
A vacinação dos animais é a melhor saída, pois a doença não tem tratamento e leva o animal à morte. Podendo também ser transmitida ao ser humano. Mas atenção à correta armazenação da vacina, para garantir que seu animal seja devidamente imunizado. Ela precisa ser guardada e transportada em temperatura de 2 a 8ºC para manter sua eficiência. Frascos abertos com alguma dose restante de vacina para raiva NÃO PODEM ser guardados para a dose de reforço.
Um guia rápido sobre a vacina da raiva A vacina anti-rábica deve ser aplicada anualmente nos animais domésticos e de criação. Vacine ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida. Quanto à vacinação de cães e gatos, consulte o médico veterinário. Abaixo, orientações para cada situação envolvendo animais de criação.
Se o animal nunca foi vacinado contra raiva:
- Vacine;
- Dê uma dose de reforço em 30 dias;
- Faça uma nova dose em 180 dias;
- Revacine anualmente.
Se o animal foi vacinado alguma vez, mas não vinha recebendo o reforço anual:
- Vacine;
- Dê uma dose de reforço em 30 dias;
- Faça nova dose de reforço em 180 dias;
- Revacine anualmente.
Se o animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há mais de 180 dias:
- Vacine agora;
- Revacine anualmente;
Se o animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há menos de 180 dias:
- Aguarde o prazo para vacinar.
Atenção para a conservação da vacina, pois ela precisa de refrigeração. Tanto na hora de guardar quanto de transportar o produto para a propriedade, ela precisa ser mantida entre 2°C e 8°C. Ela perde eficácia se guardada depois que o frasco é aberto, por isso o que restar no vidro aberto não pode ser guardado para o momento da aplicação do reforço. Fique atento e lembre que a vacina da raiva deve ser reforçada anualmente
Confira o áudio no site da Acaerte com a repórter Patrícia Gomes e a médica veterinária Ângela Zimmermann : https://t.co/XxcZNnUvwr
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