Foto: Departamento Regional de Tubarão

O Departamento Regional de Tubarão realizou nesta terça-feira, 21, Ciclo de Palestras de Saúde Animal, que teve como tema a raiva herbívora e seus impactos na produção. Promovido pelo médico veterinário Agnaldo Serafim em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura, Vigilância Epidemiológica e lideranças comunitárias, o evento teve o objetivo de conscientizar o público presente sobre a gravidade da doença.

“A proposta foi conscientizar e esclarecer todas as dúvidas sobre a raiva e apresentar as ações da Cidasc no monitoramento e captura de morcegos nas regiões endêmicas de Treze de Maio no intuito de reduzir a incidência de casos positivos. É uma maneira preventiva para que a doença não chegue à população e não gere perdas na produção. A raiva é transmitida pela mordida do morcego contaminado nos animais de produção, como bovinos, equinos, caprinos, ovinos e suínos, e animais domésticos, sendo considerada uma zoonose perigosa e sem tratamento”, explica Agnaldo Serafim.

Foto: Departamento Regional de Tubarão

O evento é uma força-tarefa de educação sanitária em todos os municípios com foco de raiva herbívora registrado na comunidade de São Luiz, onde foi confirmado um foco de raiva em bovinos. Além do município de Treze de Maio, a Cidasc confirmou no mês de junho casos de raiva nos municípios de Angelina, Pedras Grandes e Lontras.

O médico veterinário relata que o produtor precisa criar o hábito de comunicar a Cidasc sobre mordeduras (espoliações) em animais, o que facilitaria a localização de abrigos e o controle populacional dos morcegos. 

“O produtor rural é os olhos da Cidasc lá no campo e nós precisamos que eles notifiquem qualquer sinal da presença do morcego hematófago. A palestra foi importante porque teve o objetivo de ser educativa e informativa, dando suporte para os produtores na identificação dos sinais clínicos da doença e métodos de prevenção como a vacinação. A vacinação dos rebanhos é a melhor saída, pois a raiva leva os animais à morte e não tem tratamento. Vale lembrar que ela também pode ser transmitida a humanos. Por isso, casos suspeitos devem ser notificados à Cidasc e os animais não devem ser manejados sem equipamento de proteção (luvas). As carcaças de animal morto com suspeita de doenças que atingem o sistema nervoso (como a raiva) não devem ser aproveitadas”, pondera o médico veterinário Agnaldo Serafim.

Foto: Departamento Regional de Tubarão

Sobre a vacinação

Muita atenção à conservação da vacina! Ela precisa ser guardada e transportada em temperatura de 2 a 8ºC para manter sua eficiência. Frascos abertos com alguma dose restante de vacina para raiva NÃO PODEM ser guardados para a dose de reforço.

Outra medida importante é observar se há indícios da presença de morcegos na propriedade. A maioria das espécies de morcego não representam risco, mas as hematófagas (que se alimentam de sangue) podem ser transmissores da raiva. 

Nos animais, marcas de espoliação/mordedura são indicativos de que estão sendo atacados por morcegos. No ambiente, fezes com aspecto de óleo queimado indicam que morcegos estão vivendo no local (geralmente locais que possam servir de abrigo, como construções abandonadas ou grutas).

Caso exista esta suspeita na sua propriedade rural, chame a Cidasc e nunca tente capturar morcegos sozinho. Os profissionais estão habilitados a fazer a identificação da espécie e o manejo correto. 

Foto: Departamento Regional de Tubarão

Um guia rápido sobre a vacina da raiva

A vacina anti-rábica deve ser aplicada anualmente nos animais domésticos e de criação. Vacine ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida. Quanto à vacinação de cães e gatos, consulte o médico veterinário. Abaixo, orientações para cada situação envolvendo animais de criação. 

Se o animal nunca foi vacinado contra raiva:

1. Vacine;

2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;

3. Faça nova dose de reforço em 180 dias;

4. Revacine anualmente.

Se o animal foi vacinado alguma vez, mas não vinha recebendo o reforço anual:

1. Vacine;

2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;

3. Faça nova dose de reforço em 180 dias;

4. Revacine anualmente.

Se o animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há mais de 180 dias:

1. Vacine agora;

2. Revacine anualmente;

Se o animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há menos de 180 dias:

1. Aguarde o prazo para vacinar.

Conservação da vacina

Atenção para a conservação da vacina, pois ela precisa de refrigeração. Tanto na hora de guardar quanto de transportar o produto para a propriedade, ela precisa ser mantida entre 2°C e 8°C. Ela perde eficácia se guardada depois que o frasco é aberto, por isso o que restar no vidro aberto não pode ser guardado para o momento da aplicação do reforço.

Fique atento e lembre que a vacina da raiva deve ser reforçada anualmente.

Mais informações à imprensa:
Jaqueline Vanolli
Assessoria de Comunicação – Cidasc
Fone: (48) 36657000
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