Na manhã da última quarta-feira, 25 de agosto, foi realizada a reunião técnica do Departamento Regional de Rio do Sul, na qual foi abordado o novo Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos. Também foram tratados demais assuntos inerentes à Defesa Sanitária Animal de Santa Catarina.
Apesar do estado ser livre da Peste Suína Africana e da Peste Suína Clássica,o cuidado está sendo redobrado, tendo em vista a importância da suinocultura para a economia catarinense. A recente identificação da Peste Suína Africana na República Dominicana – o primeiro registro na América Latina nas últimas décadas – acendeu o alerta para intensificar as precauções.
A reunião contou com a participação do Diretores da Cidasc Jean Fabrício Morais da área Administrativa e Financeira, Jean Fabrício Morais, o Diretor Institucional Marcos Roberto Pacheco, que foram conhecer as demandas do Departamento Regional de Rio do Sul e seus colaboradores e apresentar a forma atual de gestão da empresa.
Peste Suína Clássica
A Peste Suína Clássica é uma doença altamente infecciosa, que apresenta elevada taxa de contaminação e é, com frequência, mortal aos suínos. Também conhecida como febre ou cólera suína, a PSC afeta suínos domésticos e selvagens. A enfermidade é causada por um vírus RNA envelopado que pertence à família Flaviviridae.
A contaminação da Peste Suína Clássica normalmente acontece pela via oronasal. Fatores como a elevada densidade populacional, assim como a presença de porcos silvestres em determinadas regiões e até mesmo criações de subsistência sem os devidos cuidados sanitários, favorecem a propagação da doença.
Isso acontece porque eles são reservatórios do vírus. Além disso, o período de incubação tem variação de 7 a 10 dias — em casos de infecção experimental, o prazo é menor.
Como medidas de controle e prevenção para evitar a introdução da PSC em áreas livres, é primordial cuidar da biosseguridade e do bem-estar animal, seguindo alguns cuidados essenciais, como:
- controle de acesso de pessoas e animais e isolamento das unidades de produção.
- fornecer vestuário próprio de cada granja com a troca de roupa e calçados de todos aqueles que entram na granja;
- controle de trânsito de veículos de transporte de ração e suínos, com a devida desinfecção.
Peste Suína Africana
A Peste Suína Africana (PSA) é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus composto por DNA fita dupla, pertencente à família Asfarviridae. A doença não acomete o homem, sendo exclusiva de suídeos domésticos e asselvajados (javalis e cruzamentos destes com suínos domésticos).
A PSA é transmitida principalmente pelo contato direto entre suínos infectados e suscetíveis (domésticos ou asselvajados) ou através da ingestão de produtos de origem suína contaminados com o vírus. Carcaças de suínos infectados que morrem e ficam no ambiente são fontes importantes de transmissão e resultam em outras formas de dispersão do vírus e da doença.
A prevenção em países livres da doença depende de políticas de importação rigorosas, garantindo que nem os suínos vivos infectados nem os produtos de origem suína oriundos de países ou regiões afetadas pela PSA sejam introduzidos em áreas livres
Dentre as medidas de controle estão o descarte adequado (tratamento térmico) de resíduos de alimentos de aeronaves, navios ou veículos provenientes de países com ocorrência da PSA e conhecer as características e como evitá-la, para isso, é necessário:
- Treinamento e capacitação de veterinários e produtores para reconhecer a doença
- Caçadores que tenham participado de atividades de caça em países com ocorrência da PSA, não devem trazer subprodutos da caça para o país
- Não alimentar suínos com produtos cárneos de origem suína, oriundos de restos da alimentação humana
A forma mais segura de prevenção é a aplicação de medidas de biosseguridade rigorosas, para prevenir a introdução e disseminação do vírus no país.
Fontes: Embrapa e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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