Desde 1981, Santa Catarina não registra mais focos de Peste Suína Clássica. Após a notificação do primeiro foco de peste suína africana (PSA) nas Américas, Santa Catarina preparou um plano de ação para garantir a segurança sanitária e intensificar ações de defesa agropecuária para proteger o seu patrimônio agrícola. Os catarinenses são os maiores produtores e exportadores de carne suína do Brasil e têm no agronegócio a base da sua economia.
A Peste Suína Africana (PSA) é uma doença viral, hemorrágica e, na maior parte das vezes, letal, que acomete os suínos, mas não é transmissível para seres humanos.
O médico veterinário Agnaldo da Silva Serafim e o auxiliar técnico Edison João Moraes realizaram, na manhã do dia 19 e do dia 24, palestra sobre algumas medidas simples que podem ser adotadas pelos responsáveis e funcionários da empresa que faz a limpeza das aeronaves no Aeroporto de Jaguaruna e para os funcionários da empresa Transrecol, empresa responsável pela coleta e triagem dos resíduos sólidos do município de Jaguaruna para prevenir a peste suína africana em solo catarinense. O primeiro encontro com os responsáveis pela limpeza das aeronaves aconteceu na última quinta-feira, 19, e buscou alertar os trabalhadores para o recolhimento e destinação correta dos alimentos como carne e subprodutos cárneos, que são possíveis fonte de infecção e propagação de doenças erradicadas e com grande impacto econômico na cadeia produtiva. O segundo encontro, realizado nas dependências da empresa Transrecol, aconteceu na manhã de ontem, 24. A palestra contou com a participação de todos os funcionários da coleta e triagem dos resíduos sólidos, bem como os gerentes e o proprietário da empresa. Agnaldo frisou que a utilização dos restos de alimentos de residências, restaurantes, lanchonetes e dos aviões na alimentação de suínos é proibido, por ser uma importante forma de infecção da doença.
O médico veterinário Agnaldo da Silva Serafim explica a importância de realizar a palestra de educação sanitária na empresa responsável pela limpeza das aeronaves e Coleta de Resíduos no aeroporto de Jaguaruna, já que a PSA chegou em terras brasileiras em 1978 por meio de um voo vindo da Península Ibérica que pousou no aeroporto internacional do Rio de Janeiro. “Nossa preocupação é com os restos de comida consumidas dentro da aeronave e como elas são descartadas. No caso de 1978, os resíduos dos tripulantes foram despachados para uma granja de suínos, o que acabou infectando os animais. Rapidamente, com a venda dos suínos, o vírus se espalhou”, relata Agnaldo.
“Tanto governo quanto a sociedade tem que fazer a sua parte e ficar consciente da situação para prevenir que a Peste Suína Africana volte a assolar o país”, enfatizou o médico veterinário.