Arte: Yago Wierorkoski/ASCOM Cidasc

Os suínos devem ser alimentados com ração apropriada, sendo proibido fornecer restos de alimentos de qualquer tipo (como os das refeições da família, de restaurantes ou hospitais) ou resíduos de proteína de origem animal. Esta legislação foi criada por razões sanitárias, para prevenir novos focos de doenças já erradicadas em Santa Catarina, sendo válida tanto para quem tem a criação para consumo próprio quanto para fins comerciais.

“Fornecer estes resíduos para os animais pode ser uma fonte de contaminação para doenças graves, como a peste suína clássica e a febre aftosa, principalmente se forem resíduos de origem animal. Alimentar o rebanho adequadamente é uma forma de protegê-lo”, afirma o gestor de Defesa Agropecuária do Departamento Regional de Rio do Sul da Cidasc, César Augusto Barbosa. Ele lembra que isto traz perdas tanto do ponto de vista da saúde quanto da economia, pois Santa Catarina é zona livre de aftosa sem vacinação há 14 anos e zona livre de peste suína clássica há sete anos. 

A Cidasc – Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – é o órgão oficial de defesa agropecuária no Estado e tem entre suas atribuições garantir o cumprimento de normas sanitárias, mantendo o status sanitário conquistado com tanto esforço. Para combater o uso e distribuição de resíduos para alimentação dos porcos, a equipe técnica da Cidasc faz fiscalizações em estabelecimentos que possam estar vendendo ou fornecendo resíduos para este fim. Também é realizado trabalho educativo, orientando os produtores sobre a pertinência da lei, criada justamente para preservar os produtores e os consumidores. 

Medidas afastam risco de novos focos

A PSC, cujo último foco da doença no estado ocorreu em 1990, é causada por um pestivírus de alta transmissibilidade, capaz de provocar febre, hemorragias em diversos órgãos e elevada mortalidade de suínos.  Em 2015, Santa Catarina constituiu, com o Rio Grande do Sul, a primeira zona livre de PSC do Brasil reconhecida internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Atualmente, existem focos ativos de PSC no Nordeste, o que alerta ainda mais os órgãos de defesa agropecuária para o risco da reintrodução da doença.

Já a febre aftosa em Santa Catarina teve seu último foco em 1993. Também causada por um aphtovírus altamente contagioso, provoca vesículas no focinho, língua, boca, cascos e tetos, além de febre, e perda de peso nos animais. Em 2007, o estado recebeu a certificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa sem vacinação, uma conquista que outros seis estados brasileiros somente conseguiram em 2021.  

O status sanitário diferenciado se transformou em uma vantagem competitiva e Santa Catarina se tornou o maior produtor e exportador de carne suína e o segundo maior exportador de carne de frango do país, alcançando os mercados mais exigentes do mundo. A produção leiteira catarinense é a quarta maior no ranking brasileiro. O esforço gigantesco de todos os setores em preservar a saúde animal gera produtos de alta qualidade, diferenciando o agronegócio catarinense e promovendo o desenvolvimento econômico e sustentável do estado de Santa Catarina.

Evitar o risco de introdução da doença é uma das preocupações da Companhia e deve ser também uma preocupação de todo cidadão catarinense, uma vez que a presença ou disseminação de PSC ou Febre Aftosa no estado provocaria graves prejuízos não apenas para os produtores, como também para toda a economia de Santa Catarina.

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