Foto: Departamento Regional de Concórdia

As residências abandonadas podem servir de abrigo para morcegos, tanto de espécies que se alimentam de insetos e frutas quanto das hematófagas (que se alimentam de sangue). Estas últimas são as que mais trazem preocupação no campo, pelo potencial de transmissão da raiva para os animais, e por isso são monitoradas pela equipe técnica da Cidasc nas zonas rurais de Santa Catarina.  

O produtor é parceiro neste trabalho, que visa a erradicação da raiva bovina, comunicando se há ferimentos suspeitos no gado ou outro sinal da presença de morcegos. Foi o que fez o senhor Aderbal Faller, que recebeu em sua propriedade em Linha Marrecas, Seara, a médica veterinária Franciele Gado, gestora do Departamento Regional de Concórdia, a médica veterinária Vanessa de Lucca Alano e o médico veterinário Cassiel Baldissarelli. 

Na atividade de campo, os profissionais da Cidasc vistoriaram uma casa abandonada na propriedade, na qual foram encontrados exemplares da espécie Desmodus Rotundus. Os morcegos foram capturados com auxílio de redes e o produtor recebeu orientações que podem ser valiosas também para outros pecuaristas. 

Foto: Departamento Regional de Concórdia

Nas lesões recentes, o produtor deve aplicar pasta anti-coagulante, que pode ser adquirida em lojas agropecuárias. Os animais herbívoros, com mais de três meses de vida, devem ser vacinados contra raiva, conforme as indicações do fabricante da vacina. Qualquer sinal de contágio por raiva nos animais, como falta de coordenação motora, hipersalivação e dificuldade para se locomover e levantar, deve ser comunicado à Cidasc. 

A raiva pode levar à morte animais de criação, animais domésticos e pessoas, pois não existe tratamento. Adotar cuidados preventivos, como a vacinação e o controle da proliferação de morcegos, contribui para a sanidade dos rebanhos e também para manter o estado sem registro de casos de raiva em humanos. O último caso de morte por raiva em Santa Catarina aconteceu em 2019, em Gravatal, após 38 anos sem registro de pessoa infectada.  

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Denise De Rocchi
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