Foto: Faasc

A 2ª Feira Virtual do Mel de Santa Catarina encerrou na quarta, 30 de junho, e alcançou em torno de nove mil pessoas em todo país. A ação conjunta da Federação das Associações de Apicultores e Meliponcultores de Santa Catarina, Epagri e Sebrae/SC, realizada durante todo o mês de junho, colocou 27 produtores e empresas em contato com consumidores de todo Brasil. “A feira foi positiva por inserir os pequenos produtores nesse novo modelo de mercado virtual e levar o mel catarinense a todo país”, comemora o presidente da Faasc, Ivanir Cella.

Essa é a segunda edição no formato virtual, por conta da pandemia. Até 2019 a feira era realizada no centro de Florianópolis. A feira ir para a internet possibilitou expandir os negócios para todo país e por isso, participantes e organização decidiram por manter os dois formatos, mesmo quando a feira puder ser presencial novamente. Além disso o site http://www.faasc.com.br/meldesantacatarina/ fica no ar durante todo o ano para venda dos produtos (porém sem o mel tabelado), o que possibilitou vários negócios fora do período da feira. “Em janeiro, fevereiro, março já tinha gente comprando mel, o que fez com que a venda fosse distribuída a longo do ano, ao invés de somente no mês da feira”, explicou Cella.

Benefícios da feira virtual

– Fornecedores de produtos das abelhas inseridos no mercado estadual e nacional;

– facilidade de participação dos pequenos produtores que têm seus produtos regularizados;

– reconhecimento dos produtos das abelhas de SC por diversas regiões do estado e de fora do estado durante a realização da feira; 

– contatos comerciais que permanecem mesmo após a feira;

– conscientização sobre a importância das abelhas na preservação do meio ambiente e produção de alimentos. 

Durante a feira foram comercializadas balas, bolacha de mel, bolo de mel, cera de abelha, extrato de própolis, favo de mel, mel com certificação orgânica, mel composto, mel de diversas floradas, mel de melato com certificação orgânica, mel de melato de bracatinga, pão de mel, pólen e pólen orgânico. Também durante a feira, foi disponibilizado através da plataforma, cursos, informativos e três livros com receitas doces e salgadas a base de mel para download. 

Foto: Faasc

Apicultura em SC

São cerca de 17 mil estabelecimentos agropecuários com apicultura no estado e 300 mil colmeias. de acordo com censo agropecuário do IBGE em 2017. A apicultura é uma ótima oportunidade de renda para a agricultura familiar, pois é possível conciliar com outras atividades, o estado tem boas as condições climáticas, abundância e variedades de flora apícola no estado.

Produtividade

Santa Catarina fica entre o terceiro ou quarto maior produtor de mel do Brasil, mas os destaques são a qualidade e a produtividade. O mel catarinense já foi classificado seis vezes entre os melhores do mundo pelo Congresso Apimondia. Em termos de produtividade está  Santa Catarina fica de outros estados brasileiros, pois produz 68kg por quilômetro quadrado de mel ao ano, número muito superior à média nacional, de 5kg. “A tecnologia e acompanhamento técnico promovidos pela Epagri são fatores fundamentais nesse resultado e também ajudam a impulsionar a produtividade”, explicou o chefe de Apicultura da Epagri, Rodrigo Dirieux.

Na safra 2020/21, Santa Catarina produziu 6,5 mil toneladas de mel, volume dentro da média estadual. No ano passado a produção foi em torno de 8 toneladas, porém teve produção de mel de melato de bracatinga, que acontece apenas em anos pares. Agora em 2021 algumas regiões do estado não produziram praticamente nada de mel, devido à estiagem e excesso de chuva, outras regiões tiveram uma produção acima da média.

O maior impacto econômico da apicultura catarinense está no trabalho de polinização das abelhas que impacta a produção da maçã, pera, ameixa e outras culturas. De acordo o levantamento mais recente feito pela FAASC, em 2014 foram alugadas em Santa Catarina aproximadamente 45 mil colmeias para polinização em pomares de macieira. A apicultura também envolve a produção de própolis, pólen, geleia real e apitoxina, produtos que servem de matéria-prima para as indústrias farmacêutica, alimentícia e cosmética.

Biodiversidade

As abelhas são responsáveis pela polinização de aproximadamente 73% das plantas no mundo. Nesse “serviço” destacam-se as abelhas nativas sem ferrão. A meliponicultura – criação racional de abelhas sem ferrão – vem se popularizando na agricultura familiar catarinense.

Num levantamento feito pela Faasc e Epagri em 2019, aproximadamente seis mil famílias rurais de Santa Catarina tinham na meliponicultura uma fonte de renda complementar. As meliponas produzem cera, própolis e mel com propriedades medicinais e cosméticas surpreendentes. A maior parte da produção fica nas propriedades, para consumo das famílias rurais. Contudo, a multiplicação racional e venda das colônias vem se tornando alternativa de renda no campo.

As abelhas sem ferrão são dóceis, não costumam atacar pessoas, o que permite sua criação também nos meios urbano e periurbanos. Muitos meliponicultores praticam a atividade com o objetivo de preservação e multiplicação das espécies, visando o restabelecimento das populações, o que também auxilia no equilíbrio dos ecossistemas.

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