Arte: Ascom / Cidasc

O ano de 2020, além de ser um ano repleto de projetos, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc precisou adequar suas ações e, assim, repensar o formato de trabalho, adaptando-se quase que de imediato a novas tecnologias e formato de trabalho em face da pandemia da COVID-19.

Vinculada ao Governo do Estado de Santa Catarina através da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, a Cidasc apresentou resultados importantes para a defesa agropecuária de Santa Catarina. O agronegócio segue como uma das grandes forças que movem a economia do Estado de Santa Catarina. Durante todo o ano de 2020, os produtos do agro responderam por mais de 70% das exportações catarinenses.

Conforme a presidente da Cidasc, Luciane de Cássia Surdi, com planejamento e ações as metas foram alcançadas durante o ano, e isso mostra o competente e dedicado trabalho de todos os empregados da Companhia, seja na área meio ou na área fim. Uma realidade que fortalece ainda mais as ações das áreas de defesa sanitária animal – apoio laboratorial; defesa sanitária vegetal – classificação vegetal, fiscalização de insumos agrícolas e inspeção de produtos de origem animal.

“O sucesso da agropecuária catarinense é resultado do empenho dos profissionais da Companhia, além do trabalho em conjunto com outras instituições e o produtor rural. Esse foi um ano atípico e de grandes desafios, já que tivemos que nos adaptar e executar nossas ações mesmo com uma pandemia em curso. Conseguimos grandes resultados graças aos esforços de uma equipe extremamente qualificada e preparada, assim, vislumbramos para 2021 mais crescimento e oportunidades à agropecuária do nosso Estado. Nosso foco continua sendo a sanidade, a qualidade e a inocuidade dos produtos e a saúde pública dos catarinenses. Temos certeza que poderemos contar novamente com o apoio do Governo de Santa Catarina, instituições públicas e privadas, e do nosso parceiro direto: o produtor rural”.

Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal – Valorização dos produtos regionais

O Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DEINP, que registra e fiscaliza os estabelecimentos sob o Serviço de Inspeção Estadual – SIE, contribui ativamente com ações direcionadas à segurança alimentar, à garantia de produtos de qualidade e consequentemente ao desenvolvimento econômico do Estado de Santa Catarina.

A expansão do comércio dos estabelecimentos de Santa Catarina para o mercado nacional é impulsionada através da adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SISBI, que neste ano contou com 8 adesões, totalizando 47 estabelecimentos catarinenses aptos a oferecerem seus produtos além das fronteiras estaduais.

Visando a valorização dos produtos genuinamente artesanais e característicos das regiões catarinenses, a Cidasc, através do Departamento de Inspeção, concedeu o Selo ARTE para 2 produtos lácteos e 1 produto cárneo catarinense. O Selo Arte tem mudado a vida dos produtores, que poderão alcançar novos mercados em todo o país. Outro marco de valorização de vários produtos lácteos e cárneos foi a regulamentação do processo produtivo. Contabilizamos quatro portarias de normatização da produção da Linguiça Blumenau, do “Queijo de porco”, da Morcela branca e do Mel de abelha sem ferrão. Estas regulamentações têm como benefícios a regularização e a valorização destes produtos tradicionais produzidos em Santa Catarina.

A capacitação online e gratuita em Inspeção de Produtos de Origem Animal capacitou mais de 7.000 profissionais, em 25 turmas de treinamentos, dentre os seis cursos ofertados nas diferentes áreas de abrangência do serviço de inspeção.

Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal – excelência sanitária do rebanho catarinense

Santa Catarina é reconhecida internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE como Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação (único Estado da Federação) e de Zona Livre de Peste Suína Clássica – PSC e, manter o status sanitário catarinense é um desafio constante.

Um importante trabalho que foi iniciado neste ano foi a elaboração do Plano de Continuidade Agropecuário, em conjunto com a Coordenação de Emergências Agropecuárias do Mapa, que possibilita o prosseguimento das atividades agropecuárias mesmo em casos de emergências zoossanitárias, diminuindo as perdas econômicas e, consequentemente, assegurando menor impacto no PIB do Estado. Para que os objetivos sejam alcançados, faz-se necessário o envolvimento de várias instituições, sendo elas públicas e privadas, bem como de toda sociedade. 

As ações da equipe técnica foram executadas em todo o estado:

Certificação de mais de mil propriedades livres de brucelose e tuberculose; realização de 2 pré-serviços para os novos médicos veterinários, em plataforma EAD associado a videoconferências; realização de quatro treinamentos voltados à utilização do Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias – Sisbravet, com a capacitação de em torno de 255 participantes, em todo o estado; atendimentos a 1230 notificações de suspeitas de síndrome nervosa, síndrome vesicular, síndrome hemorrágica dos suínos e síndrome respiratória e nervosa das aves pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) que caracterizam o esforço de atenção veterinária da vigilância passiva. O tempo de atendimento pelo SVO, no período, considerando todas as síndromes, foi de até 24 horas em 91% das notificações; emissão de mais de 1 milhão e 200 mil Guias de Trânsito Animal –  GTAs, para as diversas espécies e finalidades; 330 mil fiscalizações de trânsito em postos fixos e 168 fiscalizações com barreiras móveis; organização de Simulado de Febre Aftosa 2020, com a participação de médicos veterinários de diversas entidades públicas; organização do III Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa; atendimento à notificação de suspeitas de síndrome nervosa com detecção de um foco de Scrapie e de 22 animais positivos para raiva. As ações de prevenção e vigilância resultaram em 66 abrigos de morcegos monitorados em 29 ações de manejo populacional de Desmodus rotundus; os Laboratórios da Cidasc realizaram mais de 11340 exames para diagnóstico de Raiva, Tuberculose, Brucelose e Anemia Infecciosa Equina; as unidades organizacionais distribuíram um total de 1.123.791 brincos de identificação de bovinos e bubalinos;  capacitação de mais de 1200 médicos veterinários no serviço de defesa sanitária animal; 1230 atendimentos de investigação das suspeitas de síndrome nervosa, síndrome vesicular, síndrome hemorrágica dos suínos e síndrome respiratória e nervosa das aves pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) em todo o estado; 466 novas propriedades certificadas como livre de brucelose e tuberculose em 2020 e 556 renovações de certificados de anos anteriores; mais de 1970 amostras colhidas para vigilância em sanidade suídea; 11 propriedades saneadas ou em saneamento para Anemia Infecciosa Equina, 3 propriedades em saneamento para mormo; a Coordenação Estadual de Sanidade dos Animais Aquáticos realizou 1103 ações(em análises de ficotoxinas, análises microbiológicas e contagens de microalgas); 2458 ações no Programa de Sanidade Avícola (para atendimentos a notificação de mortalidade – vigilância passiva para Doença de Newcastle e Influenza Aviária, propriedades acompanhadas para saneamento ou saneadas para salmonella, propriedades acompanhadas para saneamento ou saneadas para micoplasma, estabelecimentos avícolas fiscalizados para primeiro registro ou manutenção de registro –  biosseguridade, vigilância ativa para aves migratórias –  monitoramento de Doença de Newcastle e Influenza Aviária nos dois sítios de aves migratórias, auditorias nos estabelecimentos avícolas pertencentes ao compartimento da avicultura e supervisão de ciclos de colheitas, coletadas amostras de aves de descarte para vigilância ativa de Doença de Newcastle e Influenza Aviária – vigilância ativa, análise e tramitação de processos de certificação de reprodução, investigações de fraudes e sanitárias); 20610 ações no Programa de Sanidade Suídea (para renovações e certificações de granjas de reprodutores suídeos certificadas, prorrogações de certificação GRSC, atendimentos para vigilância de peste suína clássica, amostras colhidas para PSC em GRSC, amostras colhidas para PSC em granjas comerciais, amostras colhidas em reprodutores de descarte em estabelecimentos sob inspeção federal e estadual).

Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal – status sanitário diferenciado do patrimônio agrícola catarinense e padronização dos vegetais

Dentre as principais conquistas para Defesa Sanitária Vegetal, destacam-se a regulamentação da Lei Estadual da Defesa Sanitária Vegetal nº 17.825, de 12 de dezembro de 2019, através do Decreto nº 727, de 20 de julho de 2020. Com esses instrumentos, a sanidade vegetal de Santa Catarina passa a contar com um marco regulatório robusto e que permite que o estado priorize medidas e recursos para aquelas pragas que mais afetam a agricultura catarinense. Graças a esta conquista, o vazio sanitário do maracujá foi instituído em 2020, sendo realizadas 276 fiscalizações, com expectativas de reduções significativas na ocorrência do vírus do endurecimento do maracujá nos plantios em Santa Catarina.

Na área de vigilância fitossanitária foram realizadas 960 inspeções de pragas em todo o estado para garantir a manutenção de status livre de pragas como moko da bananeira, Cydia pomonela, fogo bacteriano, fusariose tropical da banana, greening. Essas inspeções fazem parte do sistema de certificação fitossanitária, necessário para atender a requisitos nacionais e permitir a comercialização da banana, maçã e citros produzidos em Santa Catarina. São 6500 unidades de produção inscritas, onde são adotadas medidas referentes a pragas como cancro europeu, traça da banana, sigatoka negra, cancro cítrico. Esse processo possibilitou a comercialização desses produtos para outros estados e países, sendo o trânsito dessa produção possível com a emissão de 70.000 permissões de trânsito vegetal no último ano. 

  • Fiscalização de Insumos Agrícolas

Em relação aos agrotóxicos, 1.200 ações, entre fiscalizações de comerciantes, usuários e profissionais visam garantir à sociedade que este insumo seja utilizado de forma segura. Ainda em relação a insumos agrícolas, mais de 500 amostras de sementes refletem na constante melhoria da qualidade do material propagativo comercializado para os agricultores.

Outra grande conquista para a cadeia produtiva foi a instituição do Programa Estadual de Controle e Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos, com recursos do Fundo Estadual de Desenvolvimento Rural – FDR, com objetivo de aprimorar o controle do comércio, armazenamento e uso de agrotóxicos.  Para a safra 20/21 estão previstas, análises de até 1000 amostras de monitoramento e para fins fiscais, de produtos de origem vegetal, abelhas e insumos agrícolas.

  • Classificação Vegetal

Milhares de consumidores se beneficiaram em 2020 com a oferta de produtos classificados pela Divisão de Classificação Vegetal da Cidasc conforme os padrões de qualidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. A Cidasc é o órgão oficial que realiza a classificação vegetal em todo estado de Santa Catarina. A atividade é uma prestação de serviço para produtores, beneficiadores e embaladores de produtos vegetais, tendo como principais produtos classificados: arroz, feijão, maçã e cebola.

A classificação vegetal atendeu empresas cerealistas e beneficiadoras de frutas, na qual, de janeiro a novembro, foram classificadas 278 mil toneladas de produtos. Subdivididos em:

Mercado interno: 268 mil toneladas de produtos e 1.491 certificados emitidos;

Mercado externo: 10 mil toneladas de produtos classificados e 390 certificados emitidos;

Com 13 postos credenciados no Mapa, distribuídos nas diversas regiões de Santa Catarina, 160 empresas (processadoras, beneficiadoras, embaladoras de produtos vegetais padronizados)contaram com serviço de classificação vegetal da Cidasc na padronização de produtos vegetais.

Estrutura da Companhia

Para atender as demandas de aproximadamente 500 mil produtores rurais cadastrados, a Companhia conta com 1.500 colaboradores distribuídos nos 19 Departamentos Regionais, no Escritório Central, em Florianópolis e, nos 63 Postos de Fiscalização Agropecuária localizados nas divisas com os estados do Rio Grande do Sul e Paraná e na divisa com a Argentina. Para dar mais agilidade e segurança no atendimento ao produtor rural, a Cidasc está presente nos 232 municípios do Estado. 

Luciane enfatiza que os números do agronegócio refletem a importância e a contribuição das ações da Cidasc. “O agronegócio catarinense sempre foi referência para outros estados da federação e em 2020 não poderia ser diferente. Ao receber o balanço das ações de todas as áreas da Companhia, tenho certeza que fizemos muito pela defesa agropecuária de Santa Catarina e somos responsáveis pelos números positivos que a economia do nosso estado vem apresentando. Além do que citamos ainda há mais ações. Todas as ações realizadas pelos empregados da Cidasc têm um significado muito importante para Santa Catarina. Agradeço a todos os catarinenses que contribuíram para o sucesso da agropecuária do nosso estado. Continuamos sendo referência e excelência em sanidade para todo o Brasil”.

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