Produtores rurais Jozidi Grolli e Elaine Grolli – Fazenda Grolli, em Santiago do Sul/SC – Propriedade Certificada desde 09 de janeiro de 2020

Destaque internacional em sanidade agropecuária, Santa Catarina mais uma vez sai na frente com excelentes números na produção animal. Em setembro, o estado ultrapassou a marca de mil propriedades certificadas livres de brucelose e tuberculose, um marco importante que atesta a excelência sanitária dos rebanhos e o importante trabalho realizado pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc nos controles sanitários na cadeia produtiva.

A presidente da Cidasc, Luciane de Cássia Surdi, celebra essa importante conquista para Santa Catarina. “Precisamos estar sempre atentos e avançando nos controles. A parceria entre todos os envolvidos na cadeia produtiva (Governo de Santa Catarina, agroindústria do leite, produtores rurais e entidades públicas e privadas) é importante para que o estado possa conquistar níveis ainda maiores nos controles e na excelência sanitária do seu plantel. Vale destaque que muitas indústrias de laticínios pagam um adicional no preço do litro do leite quando a propriedade é certificada, essa vantagem econômica incentivou os produtores na busca da certificação”, afirma Luciane. 

Para a médica veterinária e coordenadora do Programa Estadual de Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PEEBT), Karina Diniz Baumgarten, alcançar a marca de 1045 propriedades certificadas no estado é motivo de comemoração. “Hoje, Santa Catarina tem uma das menores taxas de prevalência de brucelose e tuberculose do Brasil. O último levantamento feito pela Cidasc constatou que menos de 1% do rebanho catarinense tem brucelose ou tuberculose. Este índice é tão baixo que Santa Catarina é o estado brasileiro mais próximo de obter a classificação de área de risco insignificante para essas doenças. É motivo de orgulho para todos os catarinenses e a Cidasc é parceira do produtor nesse processo”, destaca Karina.

O PEEBT tem na parceria entre os órgãos públicos, enquanto certificadores dos processos, profissionais habilitados e entidades privadas, o seu maior alicerce para alcançar os objetivos de controlar e erradicar essas zoonoses.

Foto: Produtores rurais Valdecir Boeing e da Lenir Warmeling Boeing

Certificação

O saneamento dos estabelecimentos que aderem à Certificação de Propriedade Livre é feito mediante testes custeados pelos produtores e realizados em todos os animais da propriedade, os reagentes positivos são enviados para abate sanitário. Os testes são realizados por médico veterinário habilitado, com 6 e 12 meses de intervalo, e sem animais reagentes positivos. Terminado o período de testes a propriedade recebe o certificado de propriedade livre de brucelose e tuberculose, sendo condicionada a manutenção do status ao cumprimento de todas as regras e normas sanitárias estabelecidas. Caso haja pretensão de ingresso de animais na propriedade são exigidos dois testes negativos, exceto se o gado for procedente de outra propriedade livre. A renovação do certificado é anual e os exames devem ser realizados antes de vencer a certificação.

Foto: Edimar Luckmann

A erradicação da brucelose e tuberculose pode ser mais um diferencial competitivo do agronegócio catarinense. Santa Catarina vem fazendo o seu dever de casa. Médicos veterinários da Companhia realizam, diariamente, educação sanitária nas propriedades rurais de todo o estado, demonstrando a importância da certificação para a valorização do plantel e na redução dos prejuízos do produtor rural com as perdas que ocorrem devido às doenças no rebanho.

Karina destaca que todos os anos são realizados aproximadamente 500 mil exames para analisar a presença das zoonoses no rebanho catarinense.  O rebanho catarinense pode ser vacinado com amostra RB51, seguindo as normas do Regulamento Técnico do Programa de Erradicação da Brucelose Bovina e Bubalina no Estado de Santa Catarina, atualizado em julho de 2017, pela Portaria SAR n°19/2017.

Já o uso da vacinação em massa, com a B19, é recomendado apenas para estados que possuem altos índices da doença, portanto é proibida em Santa Catarina para evitar custos desnecessários aos produtores e interferência nos testes de diagnóstico.

Galeria de fotos com produtores rurais de propriedades certificadas

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