Arte: Ascom/Cidasc
Foto: Copercampos

O Brasil é o quarto maior produtor e exportador de suínos, com crescente inserção internacional. Santa Catarina é o estado que mais contribui na produção nacional, sendo responsável por 51,6% da quantidade da carne exportada pelo país.

Para que tenhamos sucesso na criação de suínos teremos que estar atentos para todas as fases de produção, seja na maternidade, creche ou terminação. Daremos destaque a fase de maternidade, que compreende o período pré-parto até o desmame de leitões. O correto manejo nesta fase influencia no desenvolvimento do animal até o momento do abate, bem como no retorno da matriz à reprodução de forma efetiva. Um manejo inadequado e falhas no processo podem levar a prejuízos em efeito cascata. Tudo começa com a aquisição correta de matrizes, as quais devem ter origem de granjas de suínos certificadas que são livres de doenças como peste suína clássica, aujeszky, brucelose, tuberculose, sarna, e livres ou controladas para leptospirose. Um protocolo de vacinação para certas doenças como a parvovirose, erisipela, rinite atrófica, colibacilose neonatal, enterotoxemia e pneumonia enzoótica é recomendável para estas fêmeas. Abaixo passamos outras dicas importantes para obtermos sucesso na produção de leitões:

Conforto térmico: o ambiente da sala de maternidade deve ser seco e com temperatura de entre 18ºC e 24ºC – conhecida como zona de conforto térmico da matriz. Já os leitões necessitam de uma temperatura de 28ºC a 32ºC, para isso as instalações devem dispor de escamoteadores, que são espaços exclusivos para os leitões, com sistemas de aquecimento diferenciado.

– Nascimento: ao nascer o leitão deve ser secado, ter o umbigo desinfetado e estimulado a ingerir o colostro. A secagem serve para remover os líquidos e membranas, principalmente da boca e narinas para desobstruir as vias respiratórias. O manejo do umbigo e o aleitamento inicial é um passo fundamental no combate a infecções, diarreias neonatais e no uso racional de antimicrobianos.

– Manejo de dentes, cauda e aplicação de ferro: procedimento que devem ser feitos nos três primeiros dias. O desgaste de dentes vai evitar lesões na glândula mamária durante o aleitamento. Já o corte da cauda é para evitar o canibalismo. A aplicação de ferro previne a anemia.

– Castração: se o produtor optar por fazer o procedimento, o mesmo deve ser feito até o 12° dia. Uma boa opção é a imunocastração, procedimento menos cruento que preza o bem-estar animal. Ambos procedimentos evitam odores desagradáveis na carne.

– Vacinação: aos sete dias recomenda-se vacinar contra pneumonia enzoótica.

Um sistema ótimo de produção necessita de um bom manejo dos animais, água e alimentos de qualidade, bem-estar, adoção de práticas de higiene e profilaxia em saúde animal.

Participação da comunidade – A Cidasc conta com o apoio e a ajuda da população para o sucesso nas ações de defesa sanitária animal.

Qualquer membro da comunidade deve comunicar, imediatamente, toda suspeita ou ocorrência de doenças de notificação obrigatória à unidade mais próxima da Cidasc ou através do 0800 643 9300 ou quando ocorrer uma mortalidade maior que 15% de leitões e acima de 2% de matrizes.

Fonte: Coordenação Estadual de Sanidade Suídea

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