
Santa Catarina construiu uma história de sucesso na agropecuária. Com a menor incidência de brucelose e tuberculose bovina, o Estado busca atingir um novo nível de excelência ainda maior na sanidade animal: a erradicação da brucelose e da tuberculose bovina.
Com menos de 1% dos rebanhos infectados e 750 propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, através do Programa Estadual de Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), mais dois produtores do meio oeste buscam a renovação da certificação de área livre dessas zoonoses que ameaçam a saúde pública e o setor agropecuário.
Para ser certificada a propriedade deve passar por uma bateria de exames sanitários repetidos num intervalo de 6 a 12 meses e fazer o controle de movimentação de seus animais. Uma vez certificada como livre, essa propriedade pode, por exemplo, vender reprodutores sem exigência de novos testes. A certificação é opcional para produtores de bovinos, mas obrigatória para produção de queijos artesanais de leite cru.
“Ontem, 27 de agosto, realizamos na propriedade de Oides Locatelli e de Marciel Maffioletti, e hoje (28), na propriedade de Biasio Favarim e do Givanildo José Favarim, todos do município de Macieira, a leitura dos novos exames para a renovação da certificação. O certificado de propriedade livre tem validade de um ano, a partir do último resultado negativo do rebanho. A manutenção do status depende da renovação anual do certificado por meio da realização de um exame negativo para brucelose e tuberculose de todo o rebanho”, disse a médica veterinária do Departamento Regional de Caçador, que monitora as propriedades, Bianca Ximenes.

Marciel Maffioletti é produtor de leite na comunidade de Gramado e, desde 2018, vem seguindo as normas e práticas estabelecidas pelo Regulamento do PNCEBT. Com 93 bovinos de leite, mantém um rigoroso controle de sanitário de seus animais nutrição e bem-estar dos animais.
De acordo com o produtor ao longo do período em que foi assistido e incentivado pela Cidasc, pela Prefeitura Municipal de Macieira e pelo médico veterinário do Município, Jaderson Canalle, que foi responsável pela realização dos testes de diagnóstico dos animais das propriedades, ele adotou técnicas de boas práticas de manejo dos animais, com vistas ao bem-estar e a sanidade do seu rebanho. “Todo esse trabalho melhorou as condições sanitárias de toda a nossa propriedade, o que beneficiou toda a família. Posso dizer que as questões de saúde e de incentivo financeiro foram os principais motivos que nos levou a buscar a certificação e agora buscar a renovação. É bom saber que posso oferecer à minha família e ao consumidor um alimento seguro e ter o trabalho recompensado de forma financeira por ter um alimento de qualidade também”, conta entusiasmado.

Como prevenir a doença nos animais?
Para movimentar animais para dentro de uma propriedade o produtor deve exigir que eles possuam exames de brucelose com resultado negativo e dentro da validade de 2 meses. Os machos podem transmitir a doença pela cobertura.
A vacinação das bezerras não é obrigatória em Santa Catarina devido a nossa baixa prevalência (0,9% de rebanhos infectados). Os outros estados devem vacinar as bezerras pois possuem a prevalência maior que 2%. Em Santa Catarina, a vacinação com a vacina B19 é proibida, pois induz uma reação cruzada com o teste de diagnóstico da brucelose. Porém, a vacinação com a amostra RB51 é permitida para qualquer propriedade com bovinos. As normas de vacinação em Santa Catarina estão disponíveis na página da Cidasc. A prevenção é sempre a melhor e mais barata forma de controle.
Fonte: Departamento Regional de Caçador
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