A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc alerta os produtores para o período do vazio sanitário do maracujazeiro que começa hoje, 01 de julho e se estende até 31 de julho. Neste período, está proibida a presença de plantas vivas de maracujá (Passiflora edulis) no território catarinense, por isso a Companhia orienta aos produtores que destruam todas as plantas dos pomares de maracujá em Santa Catarina.
O vazio sanitário para a cultura em Santa Catarina é uma medida estratégica no combate à virose do endurecimento dos frutos do maracujazeiro, causada pelo Cowpea aphid-borne mosaic vírus (CABMV), e fundamental para manutenção da sanidade dos pomares com garantia de alta produtividade.
Virose
Santa Catarina é reconhecida por produzir o melhor maracujá do Brasil, título relacionado às características da fruta, como tamanho, formato e preenchimento de polpa. Contudo, nos últimos anos, os pomares catarinenses sofreram com a virose do endurecimento do fruto.
Essa doença é disseminada por pulgões, que são insetos comuns nas lavouras do Brasil. Nos seus voos entre um maracujazeiro e outro, ele pode disseminar rapidamente o vírus que, como o próprio nome diz, faz com que o pomar produza frutas mais duras, com menos polpa. Outra consequência é uma importante queda de produtividade.
De acordo do o engenheiro agrônomo e gestor do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc, Alexandre Mees, a fiscalização do cumprimento do vazio sanitário ficará a cargo da Cidasc. “Os produtores devem cumprir o determinado pela portaria. As áreas de plantio do maracujá deverão ficar livres de plantas vivas de maracujá até 31 de julho de 2020. Quem descumprir a portaria ficará sujeito a sanções. Foram realizadas 160 fiscalizações de norte a sul do estado, orientando sobre o vazio sanitário e notificando produtores para seu cumprimento. A partir do dia 1 de agosto os maracujazeiros podem voltar a ser cultivados no Estado de forma comercial”, destaca Mees.
O gestor complementa a fala sobre o apoio recebido da Epagri no trabalho de extensão rural. “Nossos produtores estão bem orientados. A Epagri foi nossa parceira na divulgação da portaria do vazio sanitário do maracujazeiro. Praticamente todos os produtores estavam sabendo quando visitamos as propriedades. O trabalho conjunto gera bons resultados para o agro de Santa Catarina”.
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