Foto: Oscar Olívio de Faria Junior

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), do Departamento Regional de Joinville, confirma três focos de raiva na cidade de Joinville e reforça os trabalhos de prevenção. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (27). Dos três focos, dois são na comunidade do Quiriri envolvendo um suíno e um bovino e outro na Serra Dona Francisca da espécie bovina. A doença é causada por um vírus, que pode acometer a todos os mamíferos. Os trabalhos desenvolvidos pela Cidasc nos focos de Raiva são embasados no Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros e tem como objetivo baixar a prevalência da doença na população de herbívoros domésticos (bois, ovelhas, cabras, búfalos, cavalos, entre outros).

A informação é do médico veterinário do Departamento Regional da Cidasc de Joinville, Dickson da Silva Portes.

Segundo ele, dentre as várias medidas adotadas pela Cidasc para sanear os focos está a investigação epidemiológica na propriedade de origem e notificação de produtores rurais para vacinação focal e perifocal, abrangendo todos os herbívoros existentes nas propriedades próximas. A vacina é adquirida em lojas agropecuárias nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente, em bovídeos e eqüídeos com idade igual ou superior a 3 (três) meses, sob a supervisão do médico veterinário. A vacinação de bovídeos e eqüídeos com idade inferior a 3 (três) meses e a de outras espécies poderá ser realizada a critério do médico veterinário. Animais primovacinados deverão ser revacinados após 30 (trinta) dias. Após a vacinação, o produtor deverá comprovar a vacinação de seus animais a Cidasc, apresentando a nota fiscal de compra, que deve constar o nome comercial da vacina e sua partida. “A raiva não tem cura, por isso mesmo a vacinação é a única forma de conter os focos da doença e garantir um rebanho saudável e proteger a família do produtor”, destaca o médico veterinário, Dickson da Silva Portes.

A raiva é uma doença fatal que acomete todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. É transmitida por animais domésticos, animais de produção e animais silvestres infectados. A doença é transmitida pelo morcego hematófago, também conhecido como morcego vampiro, que se alimenta basicamente do sangue.

De acordo com o médico veterinário Dickson, existem mais de 1000 espécies de morcegos. Mas somente três são hematófagos. Todos os morcegos podem carregar o vírus da raiva, mas para que ocorra a transmissão é necessário o contato da saliva com o sangue. Por isso os morcegos hematófagos, conhecidos popularmente como vampiros, que se alimentam de sangue dos animais, são os transmissores mais frequentes.

Foto: Oscar Olívio de Faria Junior

A notificação de enfermidade em animais (bovinos, caprinos, equinos ou suínos), ao serviço veterinário oficial, além de evitar que a doença se propague, com prejuízos à produção agropecuária, também facilita e torna mais eficaz o trabalho de sanidade animal desenvolvido pelo Cidasc.

Sintomas

O animal apresentará um sangramento na ferida onde ocorreu a mordedura. Os sintomas mais comuns da contaminação é a respiração ofegante, o descontrole da coordenação motora e a morte em torno de dez dias. O animal contaminado pela raiva sempre vai a óbito. O morcego vampiro (Desmodus rotundus) têm hábitos noturnos e são encontrados em cavernas, ocos de árvore, minas e casas abandonadas.

Como o produtor pode contribuir com o trabalho da Cidasc

O médico veterinário alerta que os morcegos são animais silvestres protegidos por legislação, por isso não devem ser capturados e mortos pela população. “Caso o produtor identifique que o morcego hematófago “vampiro” se abriga em cavernas, ocos de árvore, minas e casas abandonadas, deve sempre comunicar à Cidasc. Em caso de acidente com um desses animais a pessoa deve procurar um hospital ou posto de saúde mais próximo, relatar o ocorrido visando o tratamento adequado”, disse Dickson.

Foto: Oscar Olívio de Faria Junior

Programa de Controle da Raiva dos Herbívoros em Santa Catarina

O PCRH em Santa Catarina tem como estratégias de atuação o controle da população de transmissores (morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus); a vacinação dos herbívoros domésticos em situações específicas; a vigilância epidemiológica; o monitoramento sistemático e cadastramento de abrigos de morcegos e a educação em saúde e capacitação dos profissionais do Serviço Veterinário Oficial – SVO. Para conferir a página do programa, acesse o link.

Fonte: Oscar Olívio de Faria Junior – Responsável pela Defesa Sanitária Animal – Departamento Regional de Joinville e Dickson da Silva Portes – Responsável pela Unidade Veterinária Local de Joinville

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