A raiva é uma doença fatal que acomete todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. A doença, que é transmitida por animais domésticos, animais de produção e animais silvestres ataca o Sistema Nervoso Central (cérebro), causando mudança de comportamento, paralisia e por vezes agressividade.
Os morcegos da espécie Desmodus rotundus são transmissores da raiva, portanto jamais coloquem a mão em um morcego mesmo que ele esteja imóvel e aparentemente morto, porém, as demais espécies de morcegos hematófagos e não hematófagos são protegidos por lei e seu manejo e controle caracteriza crime ambiental. Ele pode estar doente e, ao ser tocado, morder, pois é assim que ele se defende. Por isso, somente profissionais capacitados, do Serviço Veterinário Oficial – SVO, podem intervir em colônias de morcegos em área de risco para a raiva, porque são capazes de diferenciar as espécies de morcegos em um abrigo.
Através do Programa de Controle da Raiva dos Herbívoros em Santa Catarina a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc busca atingir a excelência no controle da raiva, protegendo os rebanhos suscetíveis à doença, mediante vacinação, controle dos transmissores e do trânsito de animais, desenvolvendo um sistema eficaz de vigilância epidemiológica e estimulando a participação comunitária na defesa sanitária animal, diminuindo riscos à produção pecuária e preservando a saúde pública.
Programa de Controle da Raiva dos Herbívoros em Santa Catarina
Ao longo deste ano, a Cidasc, através do PCRH, realizou 80 atendimentos a notificações de suspeita de síndrome nervosa, onde 33 desses atendimentos foram diagnosticados como raiva. O programa está apoiado em quatro pilares: educação sanitária, vigilância epidemiológica, cadastro e monitoramento sistemático de abrigos de Desmodus rotundus (morcego vampiro) e manejo populacional do Desmodus rotundus (principal vetor de transmissão da raiva dos herbívoros).
De acordo com o coordenador do programa e médico veterinário, Fábio de Carvalho Ferreira, o produtor é peça chave para o bom andamento do programa, porque as notificações dos animais doentes e as informações sobre abrigos dos morcegos hematófagos, são dependentes da comunicação do produtor à Cidasc. Além dele ter a responsabilidade de vacinar seu rebanho contra a raiva, ação realmente efetiva para o controle da doença.
A Cidasc, com o trabalho dos médicos veterinários, promove ações educativas sanitárias e de vigilância na área de foco da doença, como explica Fábio “Estimulamos a vacinação e também a identificação dos animais doentes com sintomas compatíveis com a raiva dos herbívoros, que quando vierem a óbito terão material colhido para diagnóstico da doença. Além disso, monitoramos os abrigos cadastrados na área de foco para fazer o controle populacional do vetor da doença, o morcego hematófago Desmodus rotundus”
Para manter a sanidade do rebanho de aproximadamente 4.600.000 cabeças, o Programa desenvolve um conjunto de ações, a mais importante é a educação em saúde e capacitação dos profissionais do Serviço Veterinário Oficial – SVO, pois
ela sensibiliza o produtor rural quanto ao seu papel fundamental para o controle da raiva dos herbívoros em Santa Catarina: através da comunicação à Cidasc do surgimento de animais doentes e da vacinação de seu rebanho de forma sistemática.
ATENÇÃO! Nunca tente capturar um morcego, chame um profissional capacitado para removê-lo adequadamente.
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