A cidade de São Joaquim, na Serra catarinense, tornou-se a Capital Nacional da Maçã. Em 3 de janeiro, Jair Bolsonaro (PSL) sancionou a lei que dá o título à cidade, uma das primeiras medidas como presidente.

Foto: Alexandre Mees – Cidasc

A lei nº 13.790 de 3 de janeiro de 2019, publicada no Diário Ofical da União de 4 de janeiro, veio após aprovação de decreto no Congresso Nacional, em dezembro de 2018. Conforme a prefeitura de São Joaquim, cerca de 70% da economia depende direta ou indiretamente do negócio da maçã.

Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), atualmente, são cerca 2,3 mil pequenos e médios produtores que vivem da colheita da maçã do município. A cidade conta com 26.763 habitantes, conforme a população estimada pelo IBGE em 2018.

De acordo com o engenheiro agrônomo Henrique Massaro Yuri, extensionista do escritório da Epagri em São Joaquim, de cerca de um milhão de tonelada que o Brasil produz ao ano de maçã, 400 mil toneladas são colhidas na cidade.

“As condição de solo, as temperaturas baixa e, principalmente a amplitude térmica, facilitam a produção. Pode amanhecer com 5ºC e chegar a 28ºC no mesmo dia. Essa variação para a maçã é uma questão benéfica à coloração, à fisiologia, ao sabor e à crocância”, explica o engenheiro.

A produção ganhou força no final da década de 70, quando uma cooperativa em parceria com o governo japonês investiu na região, após procurar locais favoráveis no Sul do país. Até então, a maçã consumida no país era trazida de fora.

Tipos e ciclo

As maçãs mais produzidas em São Joaquim são do tipo Gala e Fuji, a última com maior durabilidade para venda. Conforme o engenheiro agrônomo, pelo menos outros 15 tipos são desenvolvidos na agricultura orgânica.

“A gente trabalha principalmente com Gala e Fuji, como carro-chefe, porque é o que o mercado quer. Principalmente com agricultura familiar, o produtor precisa ter o retorno de poder comercializar”, disse o engenheiro.

A maioria dos produtores está associada com três cooperativas da região. Entretanto, os produtores independentes precisam fazer contratos com empresas. “E às vezes mal pagam os custos de produção. A empresa faz o custeio para safra, paga o produto, mas no final o produtor tem que devolver o investido inicialmente”, explica.

Veja o ciclo da maça em São Joaquim

  • Entre fevereiro e abril – colheita
  • Entre maio e agosto – poda da macieira
  • Entre setembro e outubro – florada
  • Entre novembro e janeiro – amadurecimento

Na carona da maçã

A secretária de Turismo de São Joaquim, Sara Dutra Correa, conta que a fruta é responsável por aquecer a economia do município fora do auge do inverno, época em que a Serra catarinense recebe o maior movimento turístico.

“Nós vamos realizar neste ano a 21ª Festa Nacional da Maçã, o maior evento que o município faz, e outras instituições acabam se envolvendo. Queremos aproveitar o movimento proporcionado pela festa para divulgar outros atrativos da região, ‘na carona da maçã’, como vinho finos e queijo serrano”, explica Sara.

A festa ocorre em maio, antes da temporada e logo após a colheita da fruta. Outro evento que também divulga a maçã na cidade é a Senafrut, a cada dois anos no início de junho. Conforme a secretária, durante a feira a ocupação da rede hoteleira é de 100%.

Fonte: G1 

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