O Moko da Bananeira ou murcha bacteriana é causada pela bactéria Ralstonia solanacearum raça 2. É uma das doenças mais importantes da cultura da bananeira, podendo causar perdas de até 100% da produção, pois, causa a morte das plantas e, os frutos afetados, tornam-se impróprios para o consumo, sendo de fácil disseminação e de difícil controle.

É uma praga quarentenária presente nos seguintes estados: Amazonas, Amapá, Pará, Acre, Rondônia, Roraima e Sergipe.

A bactéria é disseminada pelo plantio de mudas de bananeira e helicônias (planta ornamental) contaminadas, insetos polinizados (abelhas e vespas), implementos, pessoas, ferramentas, água de chuva ou irrigação, frutos de bananeira, caixas de madeira e embalagens não descartáveis.

Os sintomas percebidos pelo bananicultor são: escurecimento dos tecidos no interior do rizoma; amarelecimento, murcha e quebra do talo (1ª, 2ª e 3ª folhas) nas plantas jovens, no período de quatro semanas; podridão mole na parte central do pseudocaule das plantas não paridas; murchamento da parte de fora do pseudocaule e escurecimento do miolo da planta; cacho raquítico com podridão de frutos, quando o ataque acontece próximo à floração; amadurecimento desigual e escurecimento da polpa dos frutos, quando o ataque ocorre nas plantas com cacho; exudação de pus bacteriano esbranquiçado dos tecidos das plantas contaminadas; após o desbaste os chifres e chifrinhos que rebrotam, além de enegrecidos, apresentam nanismo.

Partes da planta contaminada, quando clocadas num copo com água limpa, mostram facilmente a exudação esbranquiçada do pus bacteriano. A detecção precoce da doença e a erradicação das plantas infectadas e as adjacentes são as bases principais para o controle do Moko. A erradicação é feita mediante a aplicação de herbicida como o glifosate, injetado no pseudocaule na dosagem de 1 ml do produto comercial por planta adulta e/ou por chifrão.

Prevenção

Para prevenir o Moko da Bananeira é importante somente trazer mudas, frutos ou qualquer parte de bananeiras ou helicônias de regiões livres da bactéria e com documentação sanitária, plantar mudas de variedades resistentes e originadas de plantas sadias e também é fundamental realizar inspeção periódicas no pomar.

Impedir o trânsito de pessoas, veículos, equipamentos e caixas provenientes de áreas suspeitas de contaminação com Moko.

Em caso de suspeita, procure a Cidasc ou um engenheiro agrônomo.

Zona Livre de Moko da Bananeira

Em 2013 o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, reconheceu oficialmente o Estado de Santa Catarina como sendo área Livre da Praga conhecida como Moko da Bananeira. Conquista que confirma a excelência de Santa Catarina e a importância da Cidasc no que se refere à Defesa Sanitária Agropecuária no Estado.

Para desenvolver suas ações, A Companhia conta hoje com o apoio de diversos Departamentos Regionais e Escritórios Locais, distribuídos por todo o território catarinense, possibilitando um maior contato entre a Cidasc e o produtor, além de permitir um melhor reconhecimento das demandas específicas de cada região.