A busca pela adequação na oferta dos moluscos foi comandada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis (CDL), junto a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, a Associação Catarinense dos Estabelecimentos Aderidos ao SISBI, com apoio da Secretaria Municipal de Turismo e da Abrasel/SC.

A secretária Municipal de Turismo, Zena Becker, ressaltou a importância da certificação para a cidade. “Era o momento de pararmos e pensarmos que precisávamos qualificar e se adequar as normas. Agora é a hora de darmos as mãos, ir à luta para que outros produtores busquem a certificação, porque nós temos a maior produção e a melhor ostra do Brasil, e isso só trará ainda mais benefícios para vocês e para a cidade”, enalteceu a secretária.

Os restaurantes, produtores de ostra, Rancho Açoriano, Freguesia Oyster Bar, Paraíso das Ostras e Empório do Mar, receberam a certificação das autoridades presentes no evento. Os quatro estabelecimentos receberam o certificado provisório e terão que se adequar com relação a alguns itens para então receber o certificado definitivo.

Com a certificação entregue os estabelecimentos passarão por inspeções periódicas das suas produções. O veterinário, responsável técnico pelo controle da produção dos restaurantes, Leonardo Barbosa, frisou que a ostra que não é certificada ela não passa pelo processo de sanitização.

“No caso destes produtores eles vão retirar a ostra do mar, limpá-las com água hipoclorada para retirar aquelas impurezas orgânicas, remover toda a sujeira. Em seguida elas serão mergulhadas em um tanque com água 5ppm de cloro, hipoclorada, essa imersão é que dá a garantia de a ostra está limpa. Além disso, haverá um controle da água do abastecimento, controle de pragas, e o produto só sairá da empresa dentro de uma embalagem plástica, ou caixa plástica, com o selo de inspeção e identificando a data de fabricação, a validade e a origem da ostra, garantindo a procedência do produto”, destacou Leonardo Barbosa.

O gerente Regional da Cidasc de Itajaí, Joao Carlos Batista dos Santos, ressaltou que há quatro anos busca-se formas para a formalização do cultivo de molusco e que o momento é especial por garantir a Fenaostra, evento único no país, com qualidade certificada. Já o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, enalteceu os benefícios da certificação, tanto econômicos como turístico, atraindo mais consumidores que apreciam a iguaria para Santa Catarina, em especial Florianópolis.

Ostra em SC

Florianópolis representa 80% da produção de ostras no mercado nacional. Sua capacidade de produção é de 3,2 mil toneladas por ano. A cidade possui o título de Capital Nacional da Ostra. O molusco começou a se tornar mais frequente na mesa dos catarinenses a partir do início da criação local das ostras e desde 1988 a reprodução é feita com sucesso em Florianópolis.

A 1ª edição da Festa Nacional da Ostra e Cultura Açoriana – Fenaostra – foi realizada em 1999 com o objetivo de divulgar o molusco catarinense e ampliar o mercado para os produtores. O festival é um verdadeiro resgate da gastronomia e da cultura açoriana da Ilha de Santa Catarina. A festa é consolidada como a única promoção do gênero no país e reunir em um mesmo espaço atividades nas áreas gastronômica, técnico-científica, econômica e cultural.

Em 2015, a 16ª edição da Fenaostra ocorre de 16 a 20 de setembro, no Centrosul.

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