O ministro da Agricultura Blairo Maggi anunciou, na madrugada de desta quinta-feira, dia 17, que a Coreia do Sul abriu o mercado de carne suína para o Brasil. Segundo o ministro, que está em Xangai (China), inicialmente as exportações serão feitas por quatro unidades de frigoríficos de Santa Catarina, único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação. A expectativa do setor é de que o país asiático adquira 30 mil toneladas do produto por ano.

Foto: Departamento Regional de Xanxerê

A Coreia do Sul já importa o frango brasileiro e estava em negociação há 10 anos com Santa Catarina em relação à carne suína. A expectativa do estado é de vender aos sul-coreanos pelo menos 30 mil toneladas de carne suína por ano. O mercado desse tipo de carne na Coreia do Sul é de 50 milhões de consumidores. Santa Catarina é o maior produtor de carne suína do Brasil, com 27% da produção nacional, e também o estado que mais exporta, com 35% do mercado. Cerca de 10 mil criadores integrados às agroindústrias e independentes produzem anualmente cerca de 850 mil toneladas da carne.

Neste mês, o estado comemora 11 anos como zona livre de febre aftosa sem vacinação. A entrega do certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) aconteceu em 25 de maio de 2007 e desde então, Santa Catarina se consolidou como referência em sanidade e defesa agropecuária, tendo conquistado mercados competitivos em todo o mundo. Para manter o status sanitário diferenciado, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina –  Cidasc  mantém barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários. Além do controle do trânsito de animais e produtos de origem animal nas fronteiras, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados.

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as unidades habilitadas à exportação para o país asiático são da BRF, Aurora Alimentos e Pamplona Alimentos. Quarto maior importador mundial de carne suína, a Coreia do Sul tem um mercado equivalente à receita de exportação do Brasil com o produto no ano passado, que foi de US$ 1,5 bilhão, aumento de 9,4% sobre 2016. A expectativa do setor é de que os sul-coreanos adquiram 30 mil toneladas de carne suína por ano.

Os norte-americanos são os maiores fornecedores para a Coreia do Sul, com cerca de 40% das aquisições do país asiático. A carne brasileira terá uma taxação de 20%, enquanto os produtos norte-americano e chileno são isentos. Com a entrada da Coreia do Sul e a possível reabertura das exportações para a Rússia, a ABPA estima alta de 2% a 3% nas vendas externas brasileiras de suínos em 2018. Em 2017 o embarque foi de 3,8 milhões de toneladas.

Fonte: Canal Rural

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