Pela primeira vez na história, Santa Catarina superou o Paraná na quantidade de leite adquirido pela indústria. A alta nos preços da cebola e do milho também é destaque da edição de abril do Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa. Por outro lado, produtores de arroz vem sofrendo com preços e custos e o alho vem sendo ameaçado por dificuldades na comercialização.

Veja abaixo um resumo das análises deste mês.

Foto: Cidasc/Ascom

Leite

Pela primeira vez na história a quantidade de leite adquirido pelas indústrias inspecionadas de Santa Catarina foi maior que a do Paraná. A informação faz parte da Pesquisa Trimestral do Leite, realizada pelo IBGE e divulgada recentemente, que consolidou os dados de 2017 e que mostra a rápida e acentuada alteração geográfica na industrialização de leite no Brasil. Em 2016 Santa Catarina já havia ultrapassado Goiás neste índice.

O Boletim mostra ainda que produção dos meses recentes é decrescente e os preços tendem a se recuperar.

Cebola

Com mais de 90% da safra comercializada, Santa Catarina se confirma como o maior produtor de cebolas do país. Esta posição é fruto dos avanços tecnológicos, infraestrutura produtiva das unidades familiares de produção, associada à cultura e conhecimento técnico e inserção nos mercados dos agricultores familiares.

A safra catarinense é comercializada, geralmente, até os meses de abril e maio. Após uma certa retração nos preços e mercado pouco movimentado nas primeiras semanas de março, no final do mês e início de abril os preços reagiram. Nas regiões de Ituporanga e Rio do Sul o preço pago aos produtores girou entre R$ 1,50 e R$ 2,00/Kg no início de abril.

As importações em março se expandiram significativamente, chegando a 22,546 mil toneladas. Um crescimento de 600% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram importadas 3,5 mil toneladas do produto.

Milho

Os preços apresentaram forte reação desde o início do ano (24% de alta). Em relação ao mês anterior, o preço apresentou, em média, alta de 17,9% no Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. Quando comparado a março de 2017, o aumento no preço foi de 16,7%. Estes são os valores mais elevados registrados desde dezembro de 2016.

A situação preocupa o setor agroindustrial do Estado, que enfrenta historicamente um amplo déficit entre o consumo e a produção de milho. Em 2016, por exemplo, a demanda pelo grão totalizou 6,6 milhões de toneladas, enquanto a oferta fechou em 3,3 milhões de toneladas.

 

Arroz

A Colheita do arroz entra em reta final e sinaliza para uma “safra cheia”. No entanto, os baixos preços recebidos pelo produtor e alto custo de produção têm gerado dificuldade de permanência na atividade.

O preço médio pago ao produtor catarinense em março de 2018 foi de R$32,00 a saca de 50 kg, o menor observado para o mês desde 2011. Já na comparação com fevereiro, os preços em março foram 23,9% menores. Enquanto isso, os custos de produção têm sido crescentes nas últimas safras. O documento revela que, na média, os preços têm cobrido apenas parte dos custos variáveis, ou nem isso.

Alho

As coletadas a campo realizadas pela Epagri/Cepa junto a diversos parceiros e cooperativas de comercialização mostram que os preços pagos aos produtores permanecem nos patamares de março e com tendência de baixa neste momento. Isso é reflexo do aumento nas áreas plantadas em diversos países, inclusive no Brasil e em Santa Catarina, bem como das condições climáticas mais favoráveis em países exportadores, como a China, que recuperou sua produção após a safra anterior ter sofrido perdas por estiagem.

 

O Boletim Agropecuário é um documento emitido mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa). Ele apresenta, de forma sucinta, as principais informações conjunturais referentes ao desenvolvimento das safras, da produção e dos mercados para produtos selecionados, usando informações referentes à última quinzena ou aos últimos 30 dias.

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