Foi realizada, na sede do PANAFTOSA-OPS/OMS, entre os dias 4 e 8 de dezembro de 2017, a “2º Oficina de Caracterização de Risco para Febre Aftosa”, no marco do Projeto de Cooperação Técnica entre o Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e o Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul (CVP): “Programa de apoio para a capacitação dos Serviços Veterinários dos países do Cone Sul para enfrentar a última etapa do PHEFA”.

A oficina contou com a participação de um total de 11 profissionais dos Serviços Veterinários Oficiais dos países beneficiários: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai; do coordenador técnico do Projeto BID/CVP; e de quatro profissionais do  PANAFTOSA-OPS/OMS:  Alejandro Rivera, Manuel Sánchez Vázquez, Alexandre Guerra dos Santos y Lia Puppim Buzanovsky.

O trabalho se iniciou com a  1ª Oficina de Caracterização de Risco para Febre Aftosa, realizado em agosto de 2017, quando foram revistas as bases teóricas e estabelecido o desenho para um estudo transversal e representativo para estimar a prevalência de anticorpos pós-vacinais para febre aftosa em bovinos, no nível de propriedade.

Com base no desenho preparado nesta Oficina, foram selecionadas propriedades na região do Departamento de Santa Cruz, na Bolívia, eleita como área piloto para desenvolver o modelo de caracterização de risco. As amostras foram obtidas no mês de setembro por equipes de campo do SENASAG (Servicio Nacional de Sanidade Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria, de Bolívia) acompanhados de técnicos dos países participantes do Projeto e do  PANAFTOSA-OPS/OMS. Na sequência, as amostras foram submetidas a provas de CFL para determinar o título de anticorpos contra os vírus O e A no laboratório LIDIVET do SENASAG. Todas as propriedades selecionadas para a amostragem foram pesquisadas para levantamento de dados  geográficos, demográficos,  produtivos e de manejo animal, a serem aplicados no trabalho de caracterização de riscos.

O objetivo desta segunda Oficina foi trabalhar os dados obtidos nas provas laboratoriais e nas propriedades a fim de caracterizar os riscos, no nível de propriedade, para febre aftosa, com o intuito de aplicar seus resultados no desenho de uma vigilância baseada em risco, temática que será abordada no Segundo Programa Operativo (POS) do projeto.

O projeto BID-CVP está alinhado às estratégias estabelecidas pela Guia Técnica de Trabalho aprovada na V Reunião Extraordinária da Comissão Sulamericana para a Luta contra a Febre Aftosa (COSALFA), em 2016, que contempla os delineamentos técnico-epidemiológicos e metodológicos para enfrentar os principais desafios dos países e sub-regiões, na última fase prevista do Plano de Ação 2011-2020 do Programa Hemisférico para a Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), tendo como objetivo melhorar as capacidades dos profissionais dos Serviços Veterinários Oficiais não apenas para iniciar a transição de zonas ou países livres de febre aftosa com vacinação a  zonas ou países livres de febre aftosa sem vacinação mas, também, para avançar no controle de outras enfermidades que afetam a saúde pública, a sanidade e o bem-estar animal e colocam em risco a segurança alimentar na sub-região.

Os técnicos participantes dos Serviços Veterinários na Oficina foram:

Argentina: Mariana Sowul e Juan Rodriguez Eugui
Bolívia: Angel Flores Huarita
Brasil: Antonio Rosa Medeiros e Flavio Pereira Veloso
Chile: Gabriela Espejo Repetto e Rolando Sepúlveda Figueroa
Paraguai: Rossana Irrazábal Ramírez e Norman Ramírez Aguilera
Uruguai: Pablo Charbonnier Benech e Cyntia Moreira Olmos
Coordenador Técnico do Projecto: José Hugo Fernández de Liger

FONTE: PANAFTOSA-OPS/OMS (Traduzido e adaptado por:   FLÁVIO PEREIRA VELOSO)

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