A safra do trigo terá uma quebra de 30% em Santa Catarina, principalmente em virtude da falta de chuva nos meses de julho e setembro. Os números foram divulgados nesta semana pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri. De acordo com o engenheiro agrônomo e analista do Cepa/Epagri, João Rogério Alves, já no plantio, em julho, houve uma redução em virtude do baixo preço e falta de chuva. Além disso a germinação não foi a ideal, por falta de umidade. Com isso a área plantada no estado terá uma queda de 26%, baixando de 69 mil hectares para 50 mil hectares. Além disso haverá uma queda na produtividade, em virtude de um novo período de falta de chuva neste mês de setembro. Muitas lavouras estão no período de florescimento e enchimento de grão. E há possibilidade da quebra ser ainda maior. De acordo com o gerente comercial da Cooperativa Regional Alfa (Cooperalfa), Lourenço Lovatel, nos 80 municípios de abrangência da cooperativa o plantio teve queda de 30% e a produtividade deve cair entre 30 a 40%. Com isso o recebimento da cooperativa, que era de 48 mil toneladas de trigo, deve cair para 36 mil.
Aumento da importação
O engenheiro agrônomo do Cepa/Epagri, João Rogério Alves, afirma que, com a frustração de safra, o Brasil, que já importa cerca de metade do trigo consumido, terá que importar mais, principalmente da Argentina. Isso pode encarecer os custos. Mas, como o consumo já está retraído, esse aumento de custo não poderá ser repassado. A tendência é que a população não deixe de comer o pãozinho mas acabe evitando os biscoitos mais caros.
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