A experiência de Santa Catarina, planos de contingência e desafios sanitários para o futuro foram presentados durante o X Simpósio Brasil Sul de Suinocultura em palestra do dia 3 de agosto com a médica veterinária Sabrina Tavares, da Companhia integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc. A palestra fez parte da programação cientifica do evento, realizado nos dias 1, 2 e 3 de agosto, no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês, em Chapecó.

Estande da Cidasc no evento. Foto: Panty Assessoria

Sabrina destaca que Santa Catarina possui o maior rebanho de suínos do Brasil, estimado em quase sete milhões de cabeças, sendo responsável por cerca de 25% de toda a produção brasileira e considerado o maior exportador nacional deste produto. “A manutenção e expansão deste mercado depende de uma estreita parceria entre as diversas entidades ligadas ao setor suinícola e o Serviço de Defesa Sanitária Animal, incluindo o apoio dos produtores, médicos veterinários privados e de toda população catarinense”, afirma ela.

A profissional, mestre em Ciencias Veterinárias, também coordena o Programa de sanidade suídea no Estado de Santa Catarina. Ela revela as principais estratégias da Cidasc para proteger e mitigar os riscos de transmissão de doenças em suínos. “Realizamos um intenso trabalho de atualização cadastral das propriedades rurais, além da vigilância para as doenças consideradas de notificação obrigatória dos suínos”, destaca. A instituição cobra ainda o atendimento às normas e procedimentos para a movimentação e trânsito de suídeos, bem como da certificação de animais de reprodução e a certificação para mercados internacionais.

“A eficiência das ações do Serviço veterinário oficial está amparada no alicerce de um cadastro das propriedades rurais, com um inventário de animais atualizado e a consciência dos atores envolvidos que fator é determinante a vigilância e tomada de ações”, enfatiza.

Na foto, a médica veterinária Sabrina Tavares (à esquerda). Foto: Panty Assessoria

Entre as principais doenças que acometem suínos, consideradas de notificação obrigatória pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), estão classificadas a Peste Suína Clássica (PSC), Peste Suína Africana (PSA), Doença de Aujeszky, Síndrome Respiratória e Reprodutiva dos Suínos, Gastroenterite transmissível, entre outras. “Dentre essas, as doenças objeto de vigilância do Programa Estadual de Sanidade Suídea, podemos destacar a Peste Suína Clássica (PSC) e Doença de Aujeszky”, afirma Sabrina.

“Qualquer pessoa, veterinário ou não, que tenha conhecimento de suspeita da ocorrência de uma doença de notificação compulsória, fica obrigado, de acordo com a legislação sanitária vigente, a comunicar imediatamente à unidade do Serviço Veterinário Oficial”, enfatiza a veterinária. Ainda conforme Sabrina, a partir de uma notificação de doença, o serviço veterinário estadual dá início à investigação epidemiológica, buscando todas as informações necessárias com o objetivo de confirmar ou descartar a suspeita, através de procedimentos definidos pelas normas federais e estaduais e pela legislação sanitária, adotando as medidas de defesa sanitária, de acordo com a enfermidade envolvida.

Sabrina destaca que a situação sanitária diferenciada de Santa Catarina em relação aos outros estados brasileiros, reconhecida pela OIE como “livre de febre aftosa sem vacinação”, desde 2007 e “livre de peste suína clássica” desde 2015, constitui um dos fatores determinantes para manutenção e conquista de novos mercados. “Os resultados obtidos até o momento não seriam alcançados sem a construção de uma sólida parceria entre o serviço de defesa sanitária animal e o setor privado e produtivo, juntamente com o apoio dos governos estadual e federal na consolidação de políticas públicas voltadas para o setor”, finaliza.

Fonte: Panty Assessoria.

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