O Simpósio Brasil Sul de Suinocultura encerra nesta quinta-feira, 03, com palestras focadas em biossegurança. A manhã de palestras técnicas iniciou com a médica veterinária da Companhia integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc Sabrina Tavares, falando sobre “Planos de contingência – Estamos preparados para futuros desafios sanitários – Experiência de Santa Catarina”. O evento, realizado no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês, em Chapecó, iniciou no dia 01 de agosto.

Foto: Samara/ O Presente Rural

Sabrina destaca que Santa Catarina possui o maior rebanho de suínos do Brasil, estimado em quase sete milhões de cabeças, sendo responsável por cerca de 25% de toda a produção brasileira e considerado o maior exportador nacional deste produto. “A manutenção e expansão deste mercado depende de uma estreita parceria entre as diversas entidades ligadas ao setor suinícola e o Serviço de Defesa Sanitária Animal, incluindo o apoio dos produtores, médicos veterinários privados e de toda população catarinense”, afirmou.

Sabrina destaca que a situação sanitária diferenciada de Santa Catarina em relação aos outros estados brasileiros, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE como zona livre de febre aftosa sem vacinação, desde 2007 e livre de peste suína clássica desde 2015, constitui um dos fatores determinantes para manutenção e conquista de novos mercados. “Os resultados obtidos até o momento não seriam alcançados sem a construção de uma sólida parceria entre o serviço de defesa sanitária animal e o setor privado e produtivo, juntamente com o apoio dos governos estadual e federal na consolidação de políticas públicas voltadas para o setor”, finalizou.

A programação da manhã prosseguiu com a palestra “Segurança de alimentos – Uma visão prática da cadeia de produção”, proferida pela Profª Dra. Anderlise Borsoi. Ela destacou o termo “Saúde única”, que agrega animal, humano e meio ambiente. “Saúde única é o tema mais moderno da saúde animal. Segurança alimentar deixou de ser um conceito e já é uma realidade observada por todos, inclusive consumidores”.

De acordo com ela, além do mercado externo, a segurança alimentar importa ainda a consumidores internos. São 30 milhões de toneladas consumidas no mercado doméstico. “Segurança alimentar significa controlar perigos físicos, químicos e biológicos. O que é requisitado pelos importadores é ausência de doença e demandas da carne propriamente dita como resíduos de antimicrobianos e rastreabilidade, entre outros”, resume. “Rastreabilidade é o ponto chave. Parece difícil, porém não é, depende de organização e de um sistema bem integrado”.

Anderlise prosseguiu a palestra destacando que salmonela e resíduos são uma realidade. “Para lidar com o problema temos que ter a coragem de abrir a realidade, como na mistura de lotes, no transporte de lotes e estresse dos animais”, argumentou. “Diminuir o estresse é também diminuir a multiplicação da salmonela no próprio suíno”.

Após, o Dr. Everton Luis Krabbe falou sobre o Destino de Carcaça de Animais Mortos.

O Simpósio encerra com a palestra “Biossegurança – Da “filosofia” à prática” proferida pelo Dr. Gustavo M. R. Simão, Gerente de Serviços Veterinários da Agroceres Pic. O tema é muito atual, diz Simão. “O avanço de doenças de importância econômica na suinocultura mundial tem nos dado várias lições, mostrando que precisamos aperfeiçoar continuamente nossos mecanismos de monitoramento de velhas e novas enfermidades”, afirma.

Simão esclarece que a revisão e o aprimoramento constantes das normas de biossegurança são fundamentais para a manutenção da competitividade de qualquer granja de suínos. “Em tempos marcados por grandes desafios sanitários, esse cuidado assume uma importância ainda maior”, frisa.

Fonte: O Presente Rural

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