Santa Catarina é o maior produtor de maçãs do Brasil. Representa 41% da produção da fruticultura do estado e 51% do Valor Bruto de Produção – VPB do setor frutícola catarinense. O estado participa com mais de 50% da produção brasileira e abriga 48% da área em produção dessa cultura com 3.017 produtores dedicando-se ao cultivo da fruta. A fim de erradicar o cancro europeu dos pomares de maçã do território barriga-verde, foi lançado na última semana, em São Joaquim, uma força-tarefa.

Foto: Andressa Zanette

A iniciativa contará com a união de esforços da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina – Faesc, da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagri, da Associação dos Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina – Amap e dos produtores rurais.

Segundo dados da Cidasc, 10% dos pomares de maçãs em Santa Catarina têm ocorrência da doença. “Mesmo o índice sendo considerado baixo, a crescente detecção de pomares com a praga (mais de 2% nos últimos dois anos) revela a necessidade de manutenção da vigilância e adoção de normas rígidas de controle, prevenção e erradicação do cancro europeu das pomáceas”, destacou o vice-presidente da Faesc e presidente do Sindicato Rural de São Joaquim, Antônio Marcos Pagani de Souza.

Foto: Andressa Zanette

São Joaquim, Fraiburgo, Bom Retiro, Monte Carlo, Lebon Régis, Bom Jardim da Serra e Urupema são os principais municípios produtores da fruta no estado. O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, observou que dois terços dos produtores nacionais cultivam maçã em Santa Catarina, totalizando 610 mil toneladas por ano, em 16.500 hectares de macieiras. “Precisamos preservar a produção e manter a elevada qualidade das maçãs catarinenses. Isso só será possível com um trabalho de muitas mãos e, principalmente, com a conscientização dos produtores”, declarou.

Para o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, os técnicos da Companhia já efetuam um trabalho de acompanhamento e orientação junto aos produtores, porém o sucesso da erradicação do cancro europeu só será possível por meio do trabalho em conjunto com os demais órgãos de representatividade e do Governo do Estado. “Se todos colaborarem vamos vencer essa luta. Devemos ressaltar que essa praga pode inviabilizar toda a produção de maçã em Santa Catarina e é justamente para evitar que isso aconteça que nos reunimos nessa força-tarefa. Vamos batalhar para preservar o nível de destaque da produção catarinense”, afirmou.

O secretário adjunto da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, participou do lançamento e salientou a importância da fruticultura para a economia do estado. “Cabe a nós um grande esforço conjunto para erradicar essa praga. Serão realizadas visitas aos pomares para orientar os produtores sobre a importância do controle da doença para preservar a produção em Santa Catarina”, ressaltou.

Com o objetivo de ganhar ainda mais força na batalha contra o cancro europeu os secretários da Agricultura dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná instituíram, na última semana, o Comitê Interestadual de Sanidade de Pomáceas – CISP. A intenção é subsidiar tecnicamente as secretarias de estado da Agricultura e os órgãos de defesa agropecuária para o estabelecimento de procedimentos e atos complementares que garantam a segurança sanitária das pomáceas, protegendo as espécies envolvidas

Ricardo Miotto Ternus, Gestor Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc, também participou do encontro. Foto: Andressa Zanette

Doença

O cancro europeu é causado pelo fungo Neonectria ditissima (sin. Neonectria galligenaI). A doença afeta as partes lenhosas das plantas e tem como característica a formação dos cancros, os quais prejudicam a translocação de seiva e o crescimento vegetativo. A Cidasc constatou que, na safra 2015/2016, 42 novos pomares estavam infestados com a doença em Santa Catarina, totalizando 117 pomares com ocorrência da doença em 10 municípios. A infestação ocorreu, provavelmente, pelo transito de mudas contaminadas oriundas de outros países.

Fonte: São Joaquim Online.

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