Foto: Ricardo Miotto Ternus – Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc

A Produção de Maçã

A maçã é a terceira fruta mais produzida no mundo e representa 10,1% da produção mundial de frutas (FAO, 2016). Nos últimos cinco anos, a produção de maçã se expandiu na maioria dos países produtores com uma taxa de crescimento médio de 3,3% ao ano.

Os principais estados brasileiros produtores da fruta são: Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e juntos representam 94,9% da produção nacional e 94,4% da área em produção da maleicultura.

Santa Catarina participa com 46% da produção brasileira e 48% da área em produção da cultura no país (GOULART JR., MONDARDO E REITER, 2016).

Em 2017, Mais de 500 mil toneladas de maçã devem ser colhidas no estado. O número é 20% maior em relação ao ano passado. A maior parte das maçãs colhidas tem categoria 1, o maior nível de qualidade, com tamanho e coloração que impressionam, resultado do clima favorável na região. Essa é uma das melhores safras em termo de qualidade da fruta.

A reunião

Foto: Ricardo Miotto Ternus – Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc

Para dar conta das demandas relacionadas ao setor, foi realizada na Faesc, em Florianópolis, na manhã desta terça-feira, 25, uma reunião para tratar da erradicação do cancro europeu nos pomares de maçã catarinenses.

A reunião contou com a presença de autoridades ligadas à produção de maçã no estado, cujos números revelam a maior produção nacional da fruta, e à defesa sanitária vegetal catarinense, tais como o presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, Enori Barbieri; o presidente da Federação de Agricultura do Estado de Santa Catarina – Faesc, José Zeferino Pedrozo; e o presidente da Associação dos Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina – Amap, Rogério Pereira.

Ainda, Ricardo Miotto Ternus, gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc e Rides Campos Ferreira, gestor do Departamento Regional da Cidasc de São Joaquim, região que destaca-se pela produção de maçãs no estado, estiveram na reunião, assim como outros profissionais da área técnica da Cidasc.

Durante a reunião foi abordada a necessidade de organizar reuniões com os produtores, responsáveis técnicos e órgãos como Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Epagri, Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e Amap para discutir o tema, mostrar o que é a doença e quais procedimentos necessários para erradicá-la. Além de lembrar aos produtores a importância de comunicar à Cidasc em casos de suspeita de ocorrência da praga.

Acerca do tema, Enori Barbieri destacou que “A Cidasc já está trabalhando para apoiar o produtor e precisa da parceria com as demais entidades relacionadas ao setor para alcançar os objetivos desejados para o cenário estadual e nacional”.

Ricardo Miotto, durante a reunião, declarou “Sabemos das dificuldades, mas estamos trabalhando para suprir as carências da área, garantindo o status sanitário do estado. É fundamental envolver todos os meios e profissionais que atuam no setor para alinhar as ações”.

“Estamos à disposição para colaborar e reunir os produtores para que conheçam o cancro europeu e trabalhem no combate às doenças”, complementou Rogério Pereira.

Sobre o cancro europeu

O cancro europeu das pomáceas, causado pelo fungo Neonectria ditissima é uma doença que afeta as partes lenhosas das plantas. A principal característica da doença é a formação dos cancros que prejudicam a translocação de seiva e o crescimento vegetativo. A praga é considerada quarentenária presente no Brasil, tendo critérios e procedimentos para a sua contenção estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. A partir do monitoramento da praga nos pomares comerciais e viveiros de mudas de macieira no estado de Santa Catarina, em cumprimento aos artigos 16 e 17 da Instrução Normativa MAPA nº 20, de 20 de julho de 2013, foi possível constatar que, na safra 2015/2016, 42 novos pomares foram confirmados com a doença em Santa Catarina, totalizando, até o ano de 2016, 117 pomares com a ocorrência da doença em dez municípios catarinenses.

Referência

SANTA CATARINA. Diego Medeiros Gindri et al. Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina. Cancro europeu. Florianópolis, 2016.

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