Empreendimentos apoiados pelo Programa SC Rural registram aumento de 118% no valor das vendas em seis anos. Com objetivo de aumentar a competitividade da agricultura familiar catarinense, o Programa registra crescimento na receita dos projetos apoiados, além de melhoria na qualidade dos produtos e redução de custos. Em parceria com o Banco Mundial – BIRD, o SC Rural já investiu mais de R$ 380 milhões no meio rural catarinense e alcançou nota máxima na avaliação do BIRD, sendo classificado como “altamente satisfatório”.

A principal meta do Programa era aumentar em 30% a renda dos agricultores catarinenses participantes e esse valor acabou sendo superado. Um estudo de avaliação de impacto realizado pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola – Cepa/Epagri mostrou que o valor das vendas dos empreendimentos da agricultura familiar que aderiram ao SC Rural cresceram mais de 118% nos últimos seis anos, enquanto os empreendimentos não apoiados tiveram um amento mais modesto, de 44%.

Foto: Aires Carmen/Epagri

No setor de panificação esse crescimento é ainda maior. Para os empreendimentos beneficiários o aumento nas vendas chegou a 235% e aqueles que não tiveram apoio ampliaram as vendas em apenas 9,5%. Outro grande destaque foi o turismo, que com investimentos em ampliação de sua capacidade de atendimento, atingiu crescimento de 237%.

Essas duas atividades têm despertado interesse principalmente de jovens agricultores e de mulheres, em Santa Catarina a panificação e o turismo se tornaram importantes alternativas de renda, contribuindo para reduzir o êxodo rural. Tanto que, ao longo dos últimos seis anos, o Programa apoiou mais de 80 projetos voltados a implantação ou melhoria de unidades de panificação em todo o estado, num investimento de aproximadamente R$ 13 milhões.

O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, acredita que um dos grandes diferenciais do SC Rural é o seu modelo de gestão, o Programa é tratado como uma ação de Governo e envolve projetos em áreas de oito instituições públicas. “Sob a coordenação da Secretaria da Agricultura, o Programa é abrangente e executa ações em diversas áreas como infraestrutura, meio ambiente, acesso à internet, assistência técnica e defesa sanitária. Pensamos no meio rural como um todo, não só em agricultura e pecuária”, ressalta.

Sopelsa lembra ainda que a combinação dos esforços do Governo do Estado, Banco Mundial e produtores rurais catarinenses foi o segredo para o sucesso do Programa. “Temos profissionais altamente capacitados e comprometidos e uma agricultura familiar muito produtiva, que gera renda e riquezas para o estado. Unindo esforços mostramos que os produtos da agricultura familiar de Santa Catarina têm qualidade e são competitivos no mercado”.

Os números fazem parte da “Avaliação de impacto dos empreendimentos de agregação de valor – Programa Santa Catarina Rural” elaborado pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola – Cepa/Epagri, que, por meio de metodologia estatística, comparou a situação dos agricultores antes e depois de aderirem ao Programa.

SC Rural
As conquistas obtidas com o apoio do SC Rural são modelo para o Banco Mundial e estão inspirando ações em outros estados e países. O economista BIRD, Diego Arias, explica que o Programa se diferencia pela coordenação interinstitucional entre as Secretarias de Estado; a complexidade da organização da agricultura familiar em Santa Catarina e atenção dada aos grupos de indígenas, mulheres e jovens.

A parceria entre Santa Catarina e o Banco Mundial deu tão certo que deverá ter continuidade por meio da implantação de um Núcleo de Inovação Tecnológica voltado para Agricultura Familiar – NITA no estado. “Estamos falando de tecnologias verdes que, além do impacto em renda e produtividade agrícola, tem impacto ambiental positivo”, destaca. O Núcleo quer aproximar agricultores familiares das tecnologias e inovações, como um elo entre as produtoras de tecnologias e aqueles que necessitam delas.

Durante sua passagem por Santa Catarina, Diego fez questão de ressaltar o interesse do Banco Mundial em dar seqüência ao Programa SC Rural. “Sabemos que o Governo do Estado quer continuar a parceria, assim como o Banco Mundial, porém a conjuntura atual no âmbito do Governo Federal, ente que avaliza empréstimos internacionais, encontra-se momentaneamente desfavorável a uma nova operação”. Diego Arias afirma que o Banco deverá continuar os trabalhos, mesmo com o contrato de empréstimo ainda a ser fechado. “Vamos continuar com a parceria na assistência técnica. Mas esperamos renovar o financiamento para que essa parceria técnica seja acompanhada também de recursos financeiros para a próxima fase do Programa Santa Catarina Rural”.

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