Consequência de práticas como a monocultura, o desequilíbrio do solo é um problema enfrentado por produtores de diversas regiões do país e tem impactado no resultado final da produtividade das lavouras. No Rio Grande do Sul, estado responsável por 15% da produção total de soja no país, tratamentos biotecnológicos auxiliaram na reversão deste quadro dando sustentabilidade ao sistema produtivo.
Em Rio Pardo, Rio Grande do Sul, o produtor Marcelo Franque explica que a incidência de nematoides levou a mortalidade de grande parte da plantação. Com a utilização de soluções naturais para equilíbrio biológico do solo, as mudanças foram expressivas na área de aplicação. “Foi muito visível, na faixa em que utilizamos o produto, a planta se desenvolveu melhor. Comparando com a área de testemunha, a produtividade da soja melhorou aproximadamente 50%”, conta.
Segundo o engenheiro agrônomo Fransérgio Batista, a produtividade é impactada diretamente pelo equilíbrio do solo por meio de microrganismos benéficos. “Você vai voltar o mais próximo possível da condição original desse solo. Quando você introduz novamente esses microrganismos, você diminui naturalmente as doenças e automaticamente isso resulta em produtividade”, explica.
O profissional destaca que a prática auxilia no fornecimento de nutrientes ao vegetal e em alguns casos na indução de resistência do cultivo. “Você tem variadas interações positivas entre estes microrganismos benéficos e as plantas. Muitos deles, por exemplo, fornecem nitrogênio e fósforo para o vegetal de forma gratuita. Em outras situações também trabalham nas plantas através da indução de resistência”, afirma.
Para Franque, o manejo do solo está entre os grandes desafios do ciclo de produção da safra. “Às vezes, o produtor vê os indícios e não dá muita atenção. No fim acaba tirando muito da média. É importante a busca para solucionar porque depois que toma conta é difícil reverter”. Batista ainda complementa que a médio e longo prazo, o equilíbrio do solo é o que vai garantir sustentabilidade ao negócio do produtor.
Fonte: O Presente Rural.