Foto: Diorgenes Pandini / Agencia RBS

Foto: Diorgenes Pandini / Agencia RBS

Um grupo de voluntários busca ajuda para cuidar de dezenas de bois abandonados em um terreno na localidade de Alto Forquilhinha, em São José, na Grande Florianópolis. Os animais foram levados para um sítio de Biguaçu, cidade vizinha, depois de a Justiça determinar a busca e apreensão deles porque estavam desnutridos e sem água, como mostrou o Jornal do Almoço.

“Todos os dias, perdemos alguém aqui. Nessa madrugada, mais uma vaquinha foi embora e tem outra que está muito debilitada”,  disse o ativista Raphael Augustus.

De acordo o Ministério Público de Santa Catarina – MPSC,  30 bois foram apreendidos. Os voluntários disseram à RBS TV ter resgatado 40 bois. Ainda conforme o MP, alguns animais morreram em função do abandono. Ao menos cinco carcaças em decomposição foram encontradas no local.

Na quinta, 27, a Justiça determinou a instauração de inquérito para apurar a prática de crime ambiental. Caso os maus-tratos sejam comprovados, após a conclusão dos laudos periciais e do inquérito policial, o MP deve tomar as medidas penais cabíveis, informou o órgão.

Ativistas buscam ajuda

Os ativistas pedem ajuda de outros voluntários para ajudar a cuidar dos bois, vacas e terneiros.

“O fundamental agora seria ajuda de veterinários voluntários, porque são pessoas que vão lidar com esses animais de maneira correta. Depois, o que precisamos é de pessoas que estejam dispostas a seguir um cronograma de voluntariado para que estes animais sejam alimentados todos os dias”, explicou Augustus.

O grupo aceita ainda a doação de alimentos e medicamentos. “Muitas pessoas talvez não tenham condições de fazer o que eu fiz, que foi largar tudo em Blumenau, meus animais, só que eu acredito que muitas pessoas que são da região teriam condições de se dedicar um pouquinho mais, ceder um pouco do seu tempo e vir aqui ajudar. A gente está sentindo muita carência de ativismo”, declarou Geórgia Faust.

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc acompanha a situação, embora não tenha responsabilidade de cuidar desses bois.

“O que compete à Cidasc é a parte sanitária do rebanho catarinense e não exatamente a clínica dos animais. A gente vai verificar constantemente até ter um retorno de que a situação foi solucionada”, disse Priscila Maciel, diretora da Cidasc.

Fonte: G1.