Na última semana, a equipe do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Raiva dos Herbívoros – PNCRH, do Departamento Regional da Cidasc de Rio do Sul, realizou controle populacional de morcegos hematófagos, espécie Desmodus rotundus, nos municípios de Pouso Redondo e Taió.
Foto: Departamento Regional da Cidasc de Rio do Sul.
Foram capturados nove indivíduos e tratados com pasta a base de warfarina, sendo soltos em seguida para retornarem ao seu abrigo e repassarem a pasta a um maior número de indivíduos.
A pasta vampiricida, a base de warfarina, tem efeito anticoagulante e tem por finalidade eliminar uma parte da população dos morcegos, já que a eliminação total levaria a um desequilíbrio ambiental.
O controle populacional é realizado com frequência, atendendo a demanda de notificações de espoliações efetuadas pela alimentação dos morcegos, que deixam nos animais espoliados filetes sanguinolentos que facilmente são visualizados pelo produtor no período da manhã.
O Desmodus rotundus é o transmissor da raiva dos herbívoros, doença de origem viral, sem cura, que paralisa os músculos, levando à morte em aproximadamente dez dias após o início dos sintomas, acomete também o homem e não tem cura. Os casos excepcionais onde há sobrevivência do indivíduo, as sequelas neurológicas são graves e irreversíveis, pois o sítio de multiplicação viral são o cérebro e as glândulas salivares.
A espécie de morcego ainda possui um mecanismo termossensível que permite a localização dos vasos mais superficiais, onde ele com os incisivos, que são extremamente afiados, perfura a pele e rompe o vaso e por possuir uma substância anticoagulante na saliva, este escorre e com a língua em forma de “canudo” e suga o sangue do animal, até mesmo do ser humano.
Os profissionais do serviço oficial que trabalham com este programa são vacinados preventivamente e tem sua sorologia controlada anualmente, pois o risco de contaminação é altíssimo, por isso, pessoas não devem tentar apanhar ou matar morcegos, principalmente os avistados durante o dia, que provavelmente estejam em fase final da doença.
Galeria de Imagens:
Foto: Departamento Regional da Cidasc de Rio do Sul.
Foto: Departamento Regional da Cidasc de Rio do Sul.
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Fonte: Luiz Claudio Todeschini e Adré Aguiar Bessa / Cidasc.
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