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Arte: Ascom – Cidasc

O governador Raimundo Colombo lidera, a partir desta sexta-feira, 8, comitiva do Governo do Estado em viagem oficial à Espanha, para ampliação de parcerias comerciais, e à Coreia do Sul, para negociar a abertura do mercado sul-coreano para a carne suína catarinense. A missão internacional será realizada até o dia 13 de julho.

A programação tem início em Madri, na Espanha, no dia 8, onde os integrantes da comitiva participam de encontro na Câmara de Comércio Brasil-Espanha. Em seguida, viajam para a Coreia do Sul, onde participam de audiências em órgãos como Vigilância Sanitária e Ministério da Agricultura daquele país. O retorno a Florianópolis ocorre no dia 13.

“O aumento e a qualificação de nossas exportações fazem parte de um processo essencial para o enfrentamento à crise do mercado interno brasileiro. Precisamos exportar mais e alcançar os mercados que pagam melhor, como é o caso da Coreia do Sul em relação à carne suína. Já abrimos o mercado japonês em 2013 e, agora, estamos muito perto de consolidar mais essa conquista, que vai trazer importantes ganhos para os produtores catarinenses e para toda a cadeia produtiva da suinocultura”, explica o governador Colombo.

O Estado de Santa Catarina é o maior produtor e exportador nacional de carne suína do Brasil. São cerca de dez mil criadores integrados às agroindústrias e independentes, que produzem anualmente cerca de 850 mil toneladas de carne suína. Entre os atuais principais países de destinos da carne suína catarinense, estão Rússia, China, Angola, Cingapura, Chile, Japão, Uruguai e Argentina.

Em janeiro deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa anunciou que o Governo da Coreia do Sul autorizou a exportação para aquele país da carne suína in natura produzida em Santa Catarina. A autorização contempla exclusivamente Santa Catarina entre todos os estados brasileiros, nos mesmos moldes que a negociação feita com o Japão em 2013.

Diante do status diferenciado de Santa Catarina, os governos japonês e sul-coreano optaram por abrir seus mercados apenas para os produtos catarinenses. Santa Catarina é o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação e também livre de peste suína clássica, com certificados da Organização Mundial de Saúde Animal – OIE.

Roteiro

Na missão deste mês, o governador Colombo lidera a comitiva catarinense para avançar com as negociações para dar início às exportações. O primeiro encontro será na próxima segunda-feira, 11, em Sejong, a três horas de Seul, na sede do órgão de controle sanitário da Coréia do Sul. Em seguida, a comitiva será recebida pelo diretor-geral do escritório de Cooperação Internacional do Ministério da Agricultura, Kim Duk-ho.

Paralelamente, empresas de Santa Catarina serão visitadas nas próximas semanas por equipes do governo sul-coreano. E em agosto, será a vez do Ministério da Agricultura promover uma missão brasileira até a Coreia do Sul para assinatura oficial do certificado sanitário que autoriza os embarques.

Aumento nas exportações

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Xanxerê.

Foto: Departamento Regional da Cidasc de Xanxerê.

Segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos – ACCS, em 2013, ano de abertura do mercado japonês, a exportação de carne suína catarinense somou 144 mil toneladas, o equivalente a US$ 400 milhões. Em 2014, foram 159 mil toneladas exportadas, que representaram US$ 548 milhões. Em 2015, a quantidade exportada voltou a subir, para 169 mil toneladas, mas o valor apresentou queda, para US$ 412,7 milhões. É para ajudar a aumentar novamente esse valor que ganha importância a abertura de novos mercados como a Coreia do Sul.

Santa Catarina vende em quantidade para a China, por exemplo, mas os chineses compram cortes mais populares. Já o Japão compra em menor quantidade, mas compra cortes nobres, mais caros. E a tendência é de que Coreia do Sul siga na mesma linha do Japão. “A Coreia do Sul é o terceiro maior mercado mundial, atrás apenas do Japão e da Rússia. Eles compram 400 mil toneladas por ano, cortes nobres, com alto valor agregado. E o pagamento em dólar ajudaria muito a aumentar o preço pago ao produtor catarinense”, explica o presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC – Cidasc, Enori Barbieri. A retração no mercado interno brasileiro tem afetado o preço pago aos produtores. Em 2013, a média era de R$ 2,59 o quilo pago ao produtor. Em, 2014, subiu para R$ 3,10 e, em 2105, para R$ 3,15. Neste ano, a média até maio está em R$ 2,82. Os dados também são da ACCS.

Viagens internacionais

Esta será a 13ª missão internacional liderada pelo governador Raimundo Colombo desde 2011, sendo a terceira no atual mandato. A comitiva é composta pelo governador Raimundo Colombo; presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merisio; secretário de Assuntos Internacionais – SAI, Carlos Adauto Virmond Vieira; diretor financeiro e de Relações com Investidores, José Carlos Oneda; diretor de Economia Internacional da SAI, Guilherme Marques; diretor de Imprensa, Claudio Thomas; e o ajudante de ordens, tenente-coronel Rogério Vidal.

Apenas da viagem à Coreia do Sul, também participam o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa; o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA, Francisco Turra; o diretor do Sindicato da Indústria de Carnes de Santa Catarina – Sindicarne, Ricardo Gouveia; e o médico veterinário do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária – Icasa, Diogo Ramôa Ramos.

Para conferir o calendário das missões oficiais feitas pelo Governador Raimundo Colombo, clique aqui.

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