Animais começaram a ser colocados no navio na terça-feira, 31. Haverá reunião esta semana para discutir exportação de mais 5 mil bovinos.

Na foto, terneiros entram no navio através de uma rampa. Foto: Gabriel Felipe / RBS TV

Na foto, terneiros entram no navio através de uma rampa. Foto: Gabriel Felipe / RBS TV

Santa Catarina começou às 17h de terça-feira, 31, o embarque de 4 mil terneiros vivos em um navio no Porto de Imbituba, no Sul do estado. Essa tarefa estava prevista para terminar na noite de ontem, quarta dia 1, informou o presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, Enori Barbieri.

O embarque estava previsto para o sábado, 28, mas houve atraso na vinda do navio até o porto, afirmou o presidente. Antes dos bovinos, começou o embarque da ração e do feno, para alimentar os animais. Esse material é colocado no navio com guindastes.

Ao todo, são 300 toneladas, que vão alimentar os animais durante os 25 dias de viagem até a Turquia. As negociações ocorrem há cerca de nove anos entre um grupo de empresários italianos e o governo catarinense. Segundo o estado, a compra dos terneiros movimentou aproximadamente R$ 6 milhões.

Para entrarem no navio, os bovinos sobem por uma rampa. É checado em cada animal um chip eletrônico colocado na orelha. Dentro do navio, eles ficam confinados em uma baia com capacidade para 15 bovinos. A embarcação deve deixar o porto na manhã de hoje, quinta dia 2.

“Está correndo tudo normal. Os animais estão em boas condições, já estavam aclimatados com confinamento e ração”, disse o presidente da Cidasc. O navio em que os terneiros estão tem capacidade para até 5 mil bovinos.

Os animais que serão exportados têm entre 5 e 9 meses de idade. Na Turquia, eles devem ser abatidos com 20 meses e parte da carne deve ser vendida à União Europeia.

Mais exportações

A expectativa da Cidasc é que, no próximo ano, o estado possa exportar mais 10 mil terneiros. “A aceitação é muito grande pelos produtores. Os terneiros são pagos à vista, são pesados na propriedade, é pago um preço acima do mercado”, explicou o presidente.

Na sexta, dia 3, deve haver reunião entre o governo e sindicatos para verificar a possibilidade de se fazer mais um lote de 5 mil animais para exportação, disse o presidente. Para isso, é preciso averiguar se há disponibilidade desse número de bovinos nas propriedades.

Para os produtores, há dificuldades com o mercado interno. A alta no preço do milho torna a ração cara no caso das criações confinadas. O clima frio também não ajuda aqueles que tentam engordar os animais nas pastagens.

Fonte: G1.