O Seminário Internacional de Fruticultura leva a Vacaria (RS) vai até essa sexta-feira, 20, e reúne pesquisadores brasileiros e estrangeiros que discutirão o melhoramento genético, mudanças climáticas, fisiologia, qualidade e conservação de frutos, mecanização de pomares, sistemas intensivos e uso de telas de proteção em pomares.
O evento começou nesta quarta-feira, 18, com o painel sobre evolução e desafios da fruticultura, focado na gestão das empresas agrícolas e a sucessão familiar. O secretário adjunto da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Airton Spies, foi um dos debatedores e destacou a importância do conhecimento técnico e administrativo para o sucesso das propriedades rurais.
“As propriedades rurais, especialmente aquelas que produzem produtos com alto valor como as frutas, investem grandes somas de capital, além de mão de obra, na produção e para obter lucro precisam administrar seus negócios com muito profissionalismo. Qualquer deslize nas escolhas técnicas e administrativas pode eliminar o lucro e resultar em prejuízos”.
Spies acredita ainda que o planejamento, controle, execução e avaliação de resultados são tão importantes na propriedade rural quanto nas empresas do meio urbano. “O lucro está nos detalhes. Da mesma forma, os negócios agropecuários familiares, que são a maioria absoluta no país, precisam planejar a sua transição de uma geração para outra, preparar sucessores e atrair os jovens a permanecerem no meio rural é fundamental para o sucesso e a sobrevivência das propriedades agrícolas”, ressaltou.
O painel abordou ainda temas e entraves que afetam a competitividade das empresas agrícolas, como a legislação trabalhista, a falta de mão de obra qualificada e o apoio a pesquisas para o desenvolvimento da fruticultura. O secretário adjunto de SC sugeriu a implantação de um sistema de financiamento da pesquisa e desenvolvimento compartilhado entre os setores público e privado, semelhante ao que existe nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália. “Nesses países, o setor produtivo recolhe um valor sob a produção, que é destinado para um fundo, e o setor público aloca no mesmo fundo um valor equivalente. Porém é setor produtivo que define em que projetos os recursos serão aplicados”, explicou.
Segundo Spies, para manutenção do fundo, os americanos recolhem US$0,16 por cada caixa de 18 quilos de frutas. “Pela experiência dos países, podemos garantir que o setor produtivo sai fortalecido. Pois, ao invés de pedir ao Governo que desenvolva pesquisas, o setor tem as rédeas na mão e amplo poder para definir as prioridades”.
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