Nesta sexta-feira, 6, o Secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, aproveitou a abertura oficial do 44º Rodeio Nacional dos Praianos, em São José, para assinar portaria que estabelece novas medidas sanitárias para prevenção e controle do Mormo nos equinos de Santa Catarina. A Portaria nº 23/2016 determina que, para o transporte de equídeos dentro do estado, a validade dos exames para Mormo será de 180 dias, desde que os animais sejam oriundos de propriedades onde todos os cavalos tenham sido testados para a doença.

Foto: Luiz Henrique Monticelli

Foto: Luiz Henrique Monticelli

Segundo o Secretário Sopelsa, esse intervalo maior entre os exames é válido somente para os animais que transitarem dentro de Santa Catarina, principalmente para eventos agropecuários, e desde que saiam de propriedades monitoradas, ou seja, onde todos os outros cavalos sejam cadastrados na Cidasc e tenham sido testados para a doença. Caso os equídeos sejam oriundos de propriedades onde os outros animais não tenham sido analisados, o exame continua tendo validade por 60 dias.

Foto: Luiz Henrique Monticelli

Foto: Luiz Henrique Monticelli

“A Portaria atende uma demanda do Movimento Tradicionalista Gaúcho de Santa Catarina, mas isso só foi possível porque nós temos condições técnicas de garantir a sanidade do rebanho catarinense”, ressalta Sopelsa. O Secretário lembra ainda que a sanidade animal é uma prioridade não só para manter o status sanitário de Santa Catarina, mas também para assegurar a saúde da população.

A partir de agora as medidas sanitárias para o controle do Mormo seguem a mesma linha já adotada pelo Governo do Estado para prevenção da Anemia Infecciosa Equina. A coleta para o exame de Mormo deve ser feita por veterinários particulares e o material encaminhado para um laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Caso algum animal esteja doente, deve ser sacrificado e seu proprietário será indenizado pelo Fundo Estadual de Sanidade Animal – Fundesa.

O Presidente da Cidasc, Enori Barbieri, destaca que a incidência de Mormo é muito baixa em Santa Catarina. A Companhia realizou quase 30 mil exames em equinos de diversos municípios e foram encontrados apenas 29 animais acometidos pela doença. “A flexibilidade no prazo de validade dos exames de Mormo vai acabar aumentando o controle da doença porque teremos ainda mais animais sendo examinados”.

Os representantes do Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG, comemoraram a notícia e serão parceiros do Governo do Estado no cumprimento das novas medidas. “Nós somos catarinenses e temos consciência do valor que Santa Catarina tem graças ao reconhecimento por sua excelência sanitária e nós estamos comprometidos em manter esse status”, afirma o diretor de eventos do CTG Chaparral, Ciro Harger.

Foto: Luiz Henrique Monticelli

Foto: Luiz Henrique Monticelli

O resultado dos exames de Mormo deve ser apresentado quando o proprietário for solicitar a Guia de Trânsito Animal (GTA) na Cidasc e devem ser levados durante o transporte do cavalo para eventos agropecuários.

O Mormo é uma doença infectocontagiosa provocada pela bactéria Burkholderia mallei e pode apresentar-se na forma aguda ou crônica, sendo que a primeira é mais comum em asininos e muares e a forma crônica acomete mais os equinos. A doença pode ser transmitida ao ser humano através do contato com secreções e úlceras cutâneas de animais doentes e com objetos contaminados. As pessoas que mantiverem contato com animais suspeitos ou positivos devem procurar os serviços de saúde pública. Lembrando que toda suspeita de Mormo deve ser notificada imediatamente à Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, para que sejam adotadas as medidas sanitárias pertinentes.

 

Informações adicionais para a imprensa

Ana Ceron
Assessoria de Imprensa
Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca
E-mail: imprensa@agricultura.sc.gov.br
Fone: (48) 3664-4417/ 8843-4996
Site: www.agricultura.sc.gov.br