O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Orleans esteve reunido na noite de quarta-feira, 16, nas dependências do Centro Administrativo, para mais uma reunião de eleição e discussão de assuntos ligados ao setor.
Entre as entidades representadas estavam, além dos representantes da CMDR, a Secretaria de Agricultura, Epagri, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Auriverde, Banco do Brasil e representantes da CIDASC.
Entre os assuntos abordados, questões ligadas ao setor agropecuário, atuação do município diante da necessidade dos setores, eleição do novo presidente do Conselho, planejamento das próximas ações do Conselho.
O prefeito municipal, Marco A. Bertoncine Cascaes esteve presente no evento, oportunidade em que saudou os presentes e salientou as dificuldades devido à queda de arrecadação de 25%. Com isso, foi necessário reduzir a frota do município devido à crise. “Hoje estamos vivendo o pior momento da minha administração, isso me deixa bastante preocupado” pontua o Gestor.
Após a leitura da ata da reunião anterior, o Gestor do Departamento Regional da CIDASC de Criciúma, Wilmar Warmling, explanou a respeito das atividades realizadas no município, principalmente a respeito da brincagem de animais e as regras da Guia de Trânsito Animal (GTA).
O Gestor também frisou que o Agronegócio no município é bastante significativo, que o município possui o maior rebanho de bovinos e bubalinos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC), é o maior produtor de peixes e possui a maior concentração per capita de matrizes. Devido a estas características, “a fiscalização é um mal necessário, para que o estado possa manter essa condição sanitária alcançada” pontua Wilmar.
A brincagem é uma das exigências da OrganizaçãoMundial da Saúde Animal (OIE), que condiciona o estado a ter um controle maior do seu rebanho. “Vale ressaltar que hoje não é permitido a entrada de rebanho vivo de outros estados”. É necessário termos o controle absoluto de toda as espécies, é uma cadeia. No caso do rebanho, o brinco é para o estado catarinense a solução. A partir do momento em que um animal é brincado em seu nome, as informações ficam registradas e esse animal passa a ser de responsabilidade do proprietário.
Para que o animal possa transitar para outra propriedade, é necessário tirar GTA. Em caso de venda, o produtor que adquiriu tem 30 dias para transferir o animal para seu nome e alterar o brinco.
No caso de empréstimo de animal de uma propriedade para outra, também é necessário a GTA, porque ele saiu da propriedade. Caso ocorra fiscalização, isso gera multa, alerta o gestor. “No ato da fiscalização, o animal deve estar exatamente onde esta o inventario”, ressalta.
“Ao adquirir um animal, você deve conferir o brinco, tirar o número, levar a CIDASC e, depois do transporte para sua propriedade, transferir para seu nome no período de 30 dias”.
“Se um animal está registrado em seu nome e morrer ou for abatido para consumo, deve haver baixa no sistema, para evitar problemas futuros. A GTA é a Guia de Trânsito que afirma que o animal está sadio e apto a sair de uma propriedade para outra.”
O Conselho Regional de Desenvolvimento Rural (CMDR) é um órgão permanente, de caráter consultivo, deliberativo e de assessoramento do Chefe do Poder Executivo Municipal, com o objetivo de levantar a problemática rural e propor soluções para o desenvolvimento rural do Município. O CMDR é composto por representantes da esfera pública e da sociedade rural, os quais se reúnem mensalmente para discutir e sugerir assuntos relevantes para o setor agropecuário.
Fonte: Imprensa News Sul