Foto: Canal do Produtor.

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 As demandas dos produtores rurais da região Sul, para o Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017, foram temas de reunião na tarde desta terça-feira, 8 de março, na 17ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, (RS). Membros da Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estiveram reunidos com as principais lideranças do setor, representadas pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul – FARSUL e pelos sindicatos rurais da região.

A maior reclamação dos produtores diz respeito aos cortes no orçamento do seguro rural e mudanças nos níveis de cobertura. A região Sul sofre com oscilações climáticas que causam perdas severas na produção agrícola, por isso o contingenciamento desses recursos traz preocupação, pois são a principal garantia de cobertura para minimizar o risco de efeitos negativos do clima.

Com as demandas identificadas, tanto dos produtores de Santa Catarina quanto dos gaúchos, o Superintendente Técnico da CNA, Bruno Lucchi, considerou o encontro bem sucedido. “É muito importante receber sugestões de forma regionalizada, respeitando os diferentes sistemas de produção existentes no Brasil”, observou. Lucchi disse que as propostas aprovadas serão levadas como subsídios ao Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (MAPA) para elaboração do Plano Agrícola e Pecuário. “O resultado formará um conjunto de sugestões que representem, ao máximo, os produtores brasileiros”.

Segundo o Superintendente Técnico, os produtores frisaram que os programas atuais de comercialização são pouco eficientes para a região Sul, pois os preços mínimos não correspondem ao real custo de produção. “Por isso, eles acreditam que deve haver uma revisão na Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM)”, enfatizou.

Plurianual – Demanda antiga do setor agropecuário, a Lei Agrícola Plurianual também teve destaque na reunião. Alguns pilares considerados importantes foram listados pelos participantes: fortalecimento do seguro rural, instrumentos de comercialização baseado no mercado futuro, com possibilidade de previsões em longo prazo, e taxa de juros definida por período maior. “Tudo leva a crer que vamos conseguir concretizar essas reivindicações”, finalizou Lucchi.

Balanço positivo – Para Antônio Luz, economista da Farsul, ter a oportunidade de ouvir as federações e os sindicatos rurais das diferentes regiões brasileiras mostra a intenção da CNA em fortalecer a cadeia sindical, sobretudo nesse momento de crise que o país enfrenta. “Ouvir as regionais e as diferenças que compõem todo o setor agropecuário mostram que são necessárias diversas adequações. Tenho certeza que por meio desses workshops a Confederação vai ter uma proposição do Plano Safra muito mais completa e melhor”.

Workshops – O objetivo das reuniões, que também estão sendo realizadas em outros estados brasileiros, é construir proposta de política agrícola que respeite as diferenças existentes no país. Em cada encontro são debatidos assuntos decisivos para o setor, tais como: crédito rural (volume de recursos e taxas de juros), política de garantia de preço mínimo, seguro rural, zoneamento agrícola de risco climático e demandas setoriais.

primeiro workshop aconteceu em Goiânia, (GO), no dia 01 de março, para ouvir os produtores da região Centro-Oeste. As principais demandas apresentadas foram: a revisão das taxas de juros de programas específicos de investimento, a elevação do volume de recursos para custeio e a garantia dos recursos de pré-custeio.

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