Menos de 10% dos associados da Copercampos usam a tecnologia, que fez uma propriedade saltar de 58 para 77 sacas de soja por hectare.
A agricultura de precisão ainda é pouco utilizada em Santa Catarina e quem usa a tecnologia afirma que ela traz ganho de produtividade. Isso não tem sido suficiente para convencer os associados da Copercampos: menos de 10% deles utilizam a agricultura de precisão para adubar as lavouras.
Durante a 21ª Edição do Dia de Campo Copercampos, que aconteceu nesta terça, dia 23, a cooperativa de Campos Novos aproveitou para incentivar os produtores a investir nessa tecnologia que pode trazer grandes ganhos de produtividade.
No início do programa, um quadriciclo foi utilizado para pegar amostras de cada hectare da terra para análise em laboratório. Depois, foi feito um mapa para indicar os pontos da propriedade que mais precisam de nutrientes.
“Os principais itens da análise de solo que são corrigidos normalmente são o PH, os níveis de fósforo e os de potássio, além de enxofre, bório e outros nutrientes. Conforme a necessidade em cada região, em cada lote e em cada lavoura, é feita a recomendação”, diz o engenheiro agrônomo Fabiano Paganella.
A Copercampos conta com mais de mil associados e Jhonathan Hartmann, um dos poucos produtores ligados à cooperativa que aplica a tecnologia, já está colhendo os resultados. “No começo, produzia 58 sacas, no segundo ano, passou para 68 e hoje, são 77 sacas de soja por hectare. O milho passou de 120 para 202 sacas”, contabiliza Hartmann.
Só para fazer a análise do solo, o produtor gasta cerca de R$ 80 por hectare, mas, para quem investe, vale muito a pena. “A agricultura de precisão é o caminho, não tem volta”, conclui o produtor.
Fonte: Roberta Silveira/Canal Rural