Foto: Ascom - Cidasc

Foto: Ascom – Cidasc

A época de colheita das maçãs é um momento importante para observar e eliminar sintomas e plantas no pomar com cancro europeu, afim de evitar a infecção dos pontos de fixação dos frutos colhidos por meio dos esporos do fungo presentes em cancros no lenho ou em frutos com podridão. Os colhedores de maçã devem ficar atentos à presença de locais secos em ramos e ponteiros ou de frutos podres na região do cálice. Caso estes sintomas sejam detectados no pomar, o produtor ou seu Responsável Técnico devem informar a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola(Cidasc)  e levar parte do material suspeito para a CIDASC ou para a Estação Experimental da EPAGRI afim de confirmar se é Cancro Europeu. Caso for confirmada a presença da doença, as plantas e os cancros devem ser retirados do pomar e queimados ou enterrados.

Os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul são responsáveis por cerca de 90% da produção nacional de maçãs, que atingiu em 2010, aproximadamente 1,2 milhões de toneladas (FAOSTAT, 2012). A ocorrência do cancro europeu nessas regiões representa grande potencial de danos à cultura.

Os cancros inicialmente são pequenos, circulares com áreas marrons. Com o tempo, a área central toma-se afundada e mais escurecida e, nas margens, o tecido fica mais elevado sobre a casca sadia. O crescimento do cancro é lento e a planta reage formando um tecido em volta do cancro (calo). Ao longo dos anos, o fungo invade mais tecido sadio ao redor do cancro; em consequência desse crescimento descontínuo, há formação do sintoma parecido com um alvo. Os danos são maiores em plantas jovens porque o fungo agride o caule ou ramos principais, enquanto em plantas mais velhas os ramos menores são mais infectados. Independente da idade da planta, quando esta é afetada no caule, o seu vigor e produção ficam prejudicados, além de ficar suscetível à quebra pelo vento.

CIDASC – Departamento Regional de São Joaquim

Programa Nacional de Prevenção e Erradicação do Cancro Europeu.